Nesta segunda-feira (12), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou mais um caso de gripe aviária de alta patogenicidade no Brasil. No momento, o país tem um total de 31 casos da doença, todos eles em aves silvestres. Oito outras investigações estão em andamento, mas ainda sem conclusão do resultado laboratorial.
Até o momento, todos os casos confirmados de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) (H5N1) estão localizados nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Mais de 1.284 avaliações de casos suspeitos já foram feitas desde o início do ano. Mas, como os casos confirmados até agora são em aves silvestres, o Brasil ainda mantém o status de país livre de IAAP, não havendo, então, restrições no comércio de produtos avícolas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), orienta que os casos sejam rigorosamente monitorados, já que o vírus H5N1 da gripe aviária tem potencial de causar uma pandemia. Este vírus já matou milhões de aves domésticas e silvestres no mundo, e milhares de mamíferos marinhos do Chile, mas, em relação aos humanos, há poucos casos da doença (cerca de 860 desde o ano de 2003, mas com 54% de letalidade).
Sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). (Foto: Reprodução/Portal Gov.br)
Tópicos importantes sobre a gripe aviária:
– Em maio deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou emergência zoossanitária em todo o país, por conta da detecção do vírus H5N1, da influenza aviária;
– Exposições, feiras e outros eventos que promovam a aglomeração de aves estão suspensos, para evitar a disseminação do vírus para as aves comerciais;
– Até agora, não há nenhum caso registrado da doença em aves comerciais ou em seres humanos no país;
– O risco de contaminação da doença entre os seres humanos é baixo, mas as ações de prevenção e vigilância são importantes, porque quanto maior a circulação do vírus, maior é o risco de mutações que tornam ele mais contagioso;
– Segundo o Ministério da Saúde, as infecções podem ocorrer através do contato com aves contaminadas, mortas ou vivas. Portanto, a recomendação é de que não se deve tocar nem recolher aves doentes;
– A influenza aviária não é transmitida através do consumo de ovos ou aves;
– O Instituto Butantan já está desenvolvendo uma vacina contra a doença, mas ainda não há previsão para a produção;
– Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os sintomas da gripe aviária, em galinhas, são:
* Espirros, tosse e muco nasal;
* Queda de postura, na produção de ovos e/ou alterações nas cascas dos ovos; hemorragias nas pernas e às vezes nos músculos;
* Edema (inchaço) nas juntas das pernas; inchaço da crista e barbela, com cor roxa-azulada ou vermelho escuro;
* Falta de coordenação motora (sintomas nervosos);
* Diarreia e desidratação.
Foto destaque: Aves representando a gripe aviária. Reprodução/Globo Rural