Endocrinologista e nutróloga Taís Caetano explica menopausa e esclarece dúvidas sobre reposição dos hormônios.
A menopausa é um estágio natural na vida das mulheres, que marca o fim da menstruação e é caracterizada pela diminuição dos níveis hormonais, em particular do estrogênio. Essa transição hormonal pode acarretar uma série de sintomas e impactar significativamente a qualidade de vida das mulheres. Nesse contexto, a endocrinologista e nutróloga Taís Caetano compartilhou informações valiosas sobre a relevância da reposição hormonal para minimizar os efeitos adversos.
“Ao longo da vida, a produção hormonal na mulher vai decaindo até que chega na fase da falência ovariana”, afirma a Dra. Taís. Essa diminuição hormonal acarreta uma série de sintomas e uma grande redução no desempenho da vida da mulher, afetando sua capacidade de progredir, raciocinar, ganhar massa muscular e até mesmo sua libido. Além disso, a deficiência hormonal aumenta o risco cardiovascular.
No entanto, a reposição hormonal pode trazer benefícios significativos. “Quando fazemos a reposição hormonal, conseguimos recuperar esses aspectos”, destaca a Dra. Taís. A menopausa geralmente ocorre após os 50 anos, mas também existem casos de menopausa precoce, que podem ocorrer a partir dos 40 anos. Diante desse contexto, surge a questão: quando uma mulher deve procurar um médico para considerar a reposição hormonal?
A Dra. Taís responde: “Quando começar a sentir ondas de calor e suores noturnos, secura vaginal, dores no corpo, maior incidência de infecção urinária, distúrbios do sono, dificuldade em dormir a noite toda, declínio de massa muscular e fraqueza”. Esses sintomas são indicativos de que a saúde não está bem e que é o momento de buscar a ajuda de um especialista.
No entanto, nem todas as mulheres necessitam de reposição hormonal. “A grande parte das mulheres vai precisar, principalmente, do estrogênio e algumas também vão necessitar da testosterona”, explica a Dra. Taís. A necessidade específica de cada mulher pode ser avaliada por meio dos sintomas apresentados, exames e consulta médica.
Ao abordar as opções de reposição hormonal disponíveis, a Dra. Taís destaca a superioridade dos implantes hormonais. “Hoje em dia, temos a reposição hormonal por comprimidos, cremes, géis, injeções e implantes hormonais”, menciona ela. No entanto, os implantes hormonais se destacam pela estabilidade da liberação dos hormônios na corrente sanguínea.
“Os implantes liberam os hormônios constantemente e de forma gradual na corrente sanguínea durante as 24 horas do dia”, explica a Dra. Taís. Essa característica faz com que o organismo tenha um suprimento constante de hormônios, tornando os implantes uma opção vantajosa. Além disso, uma vez inseridos sob a pele, os implantes liberam os hormônios ao longo de seis meses ou até mesmo um ano, eliminando o risco de esquecimento ou interrupção do uso.
Em resumo, a reposição hormonal na menopausa desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida da mulher. Os sintomas indicam a necessidade de buscar um médico especialista, que irá avaliar a opção mais adequada de tratamento. Nesse contexto, os implantes hormonais se destacam como uma via de administração superior, garantindo uma liberação constante e eficiente dos hormônios na corrente sanguínea.
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