Ingerir cerveja pode ajudar a prevenir o Alzheimer devido à sua composição

Melissa Lois Por Melissa Lois
2 min de leitura

Apesar de parecer uma certa contradição, um estudo na Finlândia aponta redução de uma das proteínas causadoras da doença, em pessoas que consumiam cevada.

A cerveja é feita de lúpulo, planta trepadeira da família das canabidáceas, que atribui o aroma e o gosto amargo à bebida. Em uma pesquisa recente, publicada na ACS Chemical Neuroscience, no entanto, mostra que esse ingrediente vai muito além da função de aromatizar a cerveja. Os produtos químicos extraídos de flores de lúpulo podem inibir a aglomeração de proteínas beta-amiloides, que estão associadas à doença de Alzheimer. 

As flores de lúpulo são usadas para aromatizar cervejas e têm sido exploradas como um dos potenciais nutracêuticos, ou seja, alimentos que possuem algum tipo de função medicinal e nutricional.


A cerveja que as pessoas costumam ingerir normalmente (Foto: Reprodução/Portal6)


Para identificar esses compostos, os pesquisadores criaram e caracterizaram extrações de quatro variedades comuns de lúpulo, utilizando um método semelhante ao que é usado na etapa de fabricação de cerveja. Nos testes realizados,  descobriram que os extratos tinham propriedades antioxidantes e que de alguma forma, tinham condições de impedir que as proteínas beta amilóides se aglutinassem nas células nervosas humanas.

O extrato que obteve o maior sucesso foi do lúpulo Tettnang, pois promoveu processos capazes de permitir que o corpo elimine proteínas neurotóxicas. A equipe que realizou os testes, ainda experimentou a substância em uma espécie de verme e descobriu proteção relacionada ao Alzheimer.

Os pesquisadores afirmaram que, embora esta pesquisa não justifique beber cervejas mais amargas, mostra que os compostos de lúpulo podem servir de base para nutracêuticos que combatem o desenvolvimento de Alzheimer. A ideia no momento, é entender melhor essa relação e de que forma pode evoluir para uma cura.

Entretanto, vale lembrar que o álcool em excesso e com frequência, pode trazer sérias complicações à saude, pois pode gerar danos ao fígado, ao coração e ao cérebro.

Foto Destaque: A cerveja que as pessoas costumam ingerir em confraternização. Reprodução/Revista  Bula

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