Nesta terça-feira (5), o Instituto de Pesquisa Médica de St. Vincent, em Melbourne, publicou um estudo na revista New England Journal of Medicine apontando que o medicamento Baricitinibe pode ser capaz de frear a progressão de diabetes tipo 1.
Pesquisa
O Instituto de Pesquisa Médica de St. Vincent realizou uma pesquisa que foi publicada nesta terça-feira. A pesquisa, publicada na revista New England Journal of Medicine, indica que o medicamento Baricitinibe apresenta a capacidade de frear o desenvolvimento e a progressão de diabetes tipo 1. Apesar de atualmente o medicamento em questão ser utilizado em tratamentos para artrite reumatoide, dermatite atópica e alopecia, o estudo observou que pacientes que fizeram o uso do Baricitinibe apresentaram menor necessidade de efetuar o uso diário de insulina, substância crucial para pessoas que se encaixam num quadro diabético.
Medidor de insulina (foto: reprodução/marcelaferrao)
Ainda segundo o estudo realizado, o medicamento demonstrou ser capaz de preservar a capacidade do corpo de produzir insulina. Este efeito pôde ser observado em pacientes do mundo todo, que participaram da fase dois do estudo e foram diagnosticados com a doença dentro de um prazo de 100 dias anteriores ao início do tratamento. O Baricitinibe é um medicamento que ajuda em quadros de inflamação, pelo fato de agir no sistema imune do corpo.
Objetivo dos pesquisadores
O professor Thomas Kay apontou um dos objetivos da pesquisa: “Quando o diabetes tipo 1 é diagnosticado, ainda existe uma quantidade significativa de células produtoras de insulina. Queríamos ver se conseguiríamos proteger essas células do avanço da destruição pelo sistema imunológico”. Thomas Kay também foi um dos coordenadores da pesquisa e explicou que, para os pacientes que se encontram num estágio mais avançado de diabetes tipo 1, provavelmente o uso do medicamento em questão não deve ser efetivo pelo fato de que, nestes casos, o corpo não é mais capaz de produzir a própria insulina.
É especificado que o Baricitinibe provavelmente é mais útil em pessoas que ainda se encontram na fase inicial da doença ou que podem desenvolvê-la em algum momento (apesar do medicamento ainda não ter sido testado com esse grupo de pessoas).
Foto destaque: medicamento Baricitinibe (reprodução/bbc)
