Neste domingo (9), Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), foi entrevistada pela CNN e explicou como a meningite se inicia, além de alertar como a doença é altamente grave! A infectologista ressaltou a importância de as pessoas ficarem atentas aos principais sintomas.
“O importante é que todos entendam que a meningite é grave, ela se inicia com um quadro de resfriado, às vezes um mal-estar, uma diarreia e em até 24 horas pode levar à morte. Mas, alguns sintomas devem ser motivos de atenção: rigidez de nuca, quando a pessoa não consegue encostar o queixo no tórax, febre e sinais que são gerais de tantas outras doenças”, explicou Isabella.
Causas da meningite
A meningite pode ser causada por: bactérias, vírus, fungos e parasitas. No entanto, as meningites virais e bacterianas são as mais preocupantes devido à saúde pública e sua possibilidade de causar surtos da doença.
Desta forma as principais espécies de bactérias associadas à meningite estão Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Mycobacterium tuberculosis, Streptococcus sp., Haemophilus influenzae, Listeria monocytogenes, Escherichia coli, Treponema pallidum, entre outras.
Assista a entrevista da CNN com a infectologista Isabella Ballalai. (Reprodução/Youtube)
Como a doença é transmitida?
Na maioria das vezes, a transmissão ocorre de uma pessoa para outra como um resfriado, por meio de vias respiratórias, gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também é transmitida através de ingestão de água e alimentos contaminados em contato com fezes.
Em geral, a meningite bacteriana e viral são as principais, mas também ocorre pelo: arbovírus, como a dengue, são transmitidos por meio da picada de mosquitos infectados, assim como o Aedes aegypti.
Foram registrados em São Paulo, cerca de 10 mortes de meningite neste ano de 2022. E, a prefeitura reforçou a importância e a necessidade da vacinação em crianças e adolescentes. Em contrapartida, no Rio de Janeiro, o número de casos de meningite no estado aumentou 55,5%, entre o mês de janeiro e setembro de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021.
A infectologista alertou no vídeo que a prioridade é vacinar as crianças e os adolescentes e ressaltou: “Não há necessidade de vacinar adultos, precisamos vacinar as nossas crianças e adolescentes que têm a vacina gratuitamente pelo SUS”.
Foto destaque: Importância da vacina da meningite em crianças. Reprodução/Freepik