A Justiça Federal de São Paulo obrigou o Ministério da Saúde a não dispensar mais licitação para compra de medicamentos no tratamento da hemofilia, doença genética e hereditária que afeta a coagulação do sangue. Os pacientes que possuem esse distúrbio são atendidos de forma exclusiva pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que disponibiliza medicamentos através de hemocentros em todo o país.
Pacientes com hemofilia devem fazer exames regularmente (Foto: Reprodução/Redação Panorama Farmacêutico)
A hemofilia é uma doença sem cura que se manifesta quase exclusivamente no sexo masculino e existem dois tipos: A e B. Pessoas com hemofilia tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes de fator IX (nove). Geralmente as deficiências se mantém por toda vida.
A doença também pode ser classificada pela quantidade do fator deficitário em três categorias: leve (fator acima de 5%), moderada (de 1% a 5%) e grave (menos que 1%). Nos casos de hemofilia leve, muitas vezes o diagnóstico só é descoberto na vida adulta.
O tratamento consiste basicamente na reposição do fator anti-hemofílico, aplicado através de injeções. Pacientes e cuidadores devem receber tratamento para aplicar o fator em casa.
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A decisão da Justiça Federal atende a ação judicial movida pela farmacêutica Bayer. É estimado que a nova norma gere economia de ao menos R$ 100 milhões ao governo por ano.
“A inovação é um pilar estratégico para a Bayer. Cada vez mais estamos investindo em pesquisa e desenvolvimento para oferecer novos tratamentos e garantir o acesso a medicamentos de última geração aos nossos pacientes. Por isso, trabalhamos com empenho para possibilitar o acesso público aos nossos produtos mais modernos”, afirmou o presidente da divisão farmacêutica da Bayer Brasil e América Latina, Adib Jacob.
Um dos medicamentos que foi aprovado é o Jivi (alfadamoctocogue pegol), da Bayer. É indicado para portadores adultos e pediátricos de hemofilia tipo A, reduzindo a necessidade de infusão em até 66%. Só ele pode gerar uma economia considerável ao sistema público de saúde.
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