Ministério da Saúde vai iniciar uma consulta pública sobre a vacinação infantil contra o Covid-19

Wagner Edwards Por Wagner Edwards
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O Ministério da Saúde anunciou na manhã desta quarta-feira (22) que pretende iniciar uma consulta pública sobre a vacinação infantil, em combate ao Covid-19, a partir da quinta-feira de amanhã (23).

De acordo o Diário Oficial da União, a consulta ficará aberta até o dia 2 de janeiro de 2022 e é destinada para que “sejam apresentadas contribuições, devidamente fundamentadas” a respeito da vacinação nos pequenos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou em 16 de dezembro a administração da vacina Pfizer contra o Coronavírus em crianças de 5 a 11 anos. Desde então, encontra resistência à medida por parte do Governo Federal: o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou no último domingo (19) ser “inacreditável o que a Anvisa fez”; e mesmo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou inúmeras vezes que a decisão da Anvisa não é o bastante para iniciar a vacinação nesse público.


Criança sendo vacinada por uma enfermeira. (Foto: Reprodução/Koldoy Chris).


Na última segunda-feira (20), Queiroga afirmou que “a pressa é inimiga da perfeição” e que o ministério só oficializará um parecer sobre o tema na data de 5 de janeiro de 2022. Ainda, relatou ter recebido apenas “um documento de três páginas” da agência e espera arquivos com dossiê completo.

Em resposta ao ministro, a Anvisa rebateu os apontamentos e disse não ter recebido nenhum pedido formal dos pareceres. Segundo a agência, o envio de um dossiê completo com as análises dos medicamentos para o Ministério da Saúde “não é requisito legal, ou mesmo praxe”.

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Vale relembrar que os funcionários da Anvisa já sofrem ameaças do público há algum tempo e após a aprovação da agência para a vacinação infantil, somada à resistência de figuras importantes do Governo Federal, estas ameaças se tornaram ainda mais violentas: no último domingo (19), a agência enviou um pedido de proteção policial e apuração aos órgãos de investigação e Justiça devido às novas ameaças recebidas pelos seus servidores.

 

Foto de destaque: Reprodução/Walterson Rosa.

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