No Dia Mundial de Combate à Asma, especialistas falam sobre a importância do tratamento

Isabela Nicomedes Por Isabela Nicomedes
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Na primeira terça-feira do mês de maio, Dia Mundial de Combate à Asma, especialistas alertam sobre o controle da doença. A asma afeta 10% da população, e é mortal para duas mil pessoas a cada ano. Seus sintomas principais são a falta de ar, sensação de cansaço, tosse, dor e chiado no peito, causados por fatores como poeira, mofo, vírus, rinite, sobrepeso, entre outros.

A doença não possui cura, mas tem tratamento que pode reduzir os efeitos dos sintomas e aumentar a qualidade da vida dos pacientes. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento pode ser feito gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Segundo o coordenador do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Pedro Giavina Bianchi, há desafios na adesão do tratamento da doença.

Ainda é muito comum se ouvir que a bombinha para asma vicia e que quando as crises melhoram, não precisa mais seguir com a medicação”.

Segundo a ASBAI, o custo e o acesso aos medicamentos são exemplos de problemas que os pacientes enfrentam no cuidado da asma. Para o pneumologista da Medicina Interna Personalizada (MIP), Diego Ramos, o acesso ao tratamento e diagnóstico não são democráticos.

Um dos desafios para o controle da asma é o conhecimento da doença e a conscientização entre os profissionais de saúde, além de lacunas na prescrição de inaladores e no monitoramento da adesão e capacidade de uso desses dispositivos”.


Tratamento da asma tem pouca adesão. (Foto: Reprodução/Getty Images)


A adesão ao tratamento é um fator que aproxima os pacientes da qualidade de vida, mesmo tendo uma doença incurável, pois os medicamentos ajudam a diminuir os sintomas e prevenir as crises. Os especialistas informam que parar o tratamento sem supervisão médica é prejudicial à saúde da pessoa.

O diagnóstico da asma é feito por exames clínicos relacionando com o histórico do paciente. O pneumologista Diego Ramos explica que o diagnóstico é para excluir doenças causadoras da asma.

Em questão de riscos, sempre depende da gravidade da doença, mas a gente ainda tem mesmo com o aprimoramento do tratamento a mortalidade de cerca de quatro a cinco pessoas por dia no país com a doença”, diz o médico.

A vacinação contra a gripe é a forma de prevenção, uma vez que o vírus influenza pode agravar o quadro clínico dos asmáticos. “Um dos principais fatores desencadeantes de crise de asma são as infecções virais respiratórias, destacando-se o rinovírus”, diz o médico Pedro Giavina Bianchi. A ASBAI recomenda a vacinação em idosos acima de 60 anos e pessoas que têm doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.

Foto destaque: Reprodução/Shutterstock.

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