Novas composições de vacinas contra Covid devem focar na variante XBB

Mayara Campos Passos Por Mayara Campos Passos
3 min de leitura

O Grupo Consultivo Técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Composição de Vacinas da Covid-19 (TAG-CO-VAC), nesta quinta feira (18), emitiu uma declaração aconselhando que as produções das novas vacinas para a doença sejam atualizadas para priorizar a variante XBB. O direcionamento ocorreu após a análise da atuação das composições atuais contra as mutações do vírus.

A OMS recomendou que a nova ação na formulação ocorra a partir de maio desse ano, a fim de melhorar a proteção contra o vírus e com o objetivo das vacinas conseguirem induzir respostas para a produção de antianticorpos que combatam as linhagens descendentes da XBB.  

A XBB é uma subvariante da mutação Ômicron. A epidemiologista-chefe da OMS, Maria Van Kerkhove, declarou que é a versão mais transmissível da Covid-19 até agora.  Essa variante tem mais facilidade de transmissão por ser uma junção das sublinhagens BA.2.10.1 e BA.2.75. 


Cientista no laboratório analisando amostra no microscópio. Reprodução/Pexels

Vacinas Monovalentes X Vacinas Bivalentes 

A composição das vacinas que estão sendo distribuídas atualmente possuem  mais de uma cepa do vírus. Elas são chamadas bivalente ou multivalentes. A formulação delas contém a primeira variante do vírus (a Índice) e a Ômicron (BA.1, BA.4 e BA.5), providenciando a proteção contra elas.

 A primeira geração são as doses monovalentes que continham somente a cepa original. A OMS recomendou voltar com a produção de doses mono, mas com a variante XBB. Essa nova mudança irá conseguir promover proteção contra as outras variantes antigas, pois elas não estão tanto em circulação nos humanos. 

“O vírus índice e as variantes antigenicamente relacionadas não circulam mais em humanos. O antígeno (substância do organismo que desencadeia a produção de anticorpos) do vírus índice provoca níveis indetectáveis ou muito baixos de anticorpos neutralizantes contra as variantes do SARS-CoV-2, atualmente em circulação”, explica o comunicado

A TAG-CO-VAC esclarece que manter o vírus índice na composição da vacina reduz a concentração do(s) novo(s) antígeno(s) em comparação com as vacinas monovalentes, o que pode ocasionar na diminuição da magnitude da resposta da imunidade. Porém, a declaração reitera que as vacinas atuais aprovadas ainda devem ser usadas e que oferecem proteção essencial contra quadros mais graves da doença. 

 Foto Destaque: Frascos da vacina de COVID-19. Reprodução/Pexels

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile