O que é “ghosting” e o que fazer nessa situação

Sergio Gelio Por Sergio Gelio
3 min de leitura

“Ghosting” se refere a quando se está se relacionando com uma pessoa e ela some de repente. A tradução literal para o português seria “fantasmar”, pois o verbo é derivado da palavra “ghost”, que significa “fantasma”. O termo surgiu nas redes sociais. Seu parceiro passar a te ignorar, não responder suas mensagens ou deixar de te seguir são sinais de “ghosting”. Isso acontece quando alguém não quer mais estar em um relacionamento, mas quer fugir de uma conversa sobre o assunto. A vítima desse tipo de prática é chamada de “ghostee”, enquanto aquele age dessa forma seria o “ghoster”.

Uma pesquisa do California Polytechnic State University indicou que sofrer “ghosting” pode trazer danos psicológicos à vítima. Um dos problemas seria um bloqueio emocional que afastaria as pessoas de se arriscarem em novos relacionamentos por medo de passar pela mesma situação. Katherine Holmes, uma dos pesquisadores, afirmou que é algo confortável para os “ghosters”. “Isso torna os parceiros em potencial bastante substituíveis e dá aos “fantasmas” um certo nível de segurança e anonimato.”


Foto: Homem no celular. Reprodução:DepositPhoto


Segundo a pesquisa, alguns pontos são comuns em que passa por essa situação:

 

1- Confusão – É normal que, no início, as vítimas de “ghosting” fiquem sem entender o porquê isso aconteceu. Isso gera uma série de questionamentos internos que costumam ficar sem respostas.

2 – Justificação – Seguida dos questionamentos gerados pela confusão, surge a justificação, ou seja, a busca por respostas. Essa é uma maneira de se preservar e abafar a tristeza e decepção gerados.

3 – Medo – A grande consequência negativa de sofrer “ghosting” é se privar da experiência de novos relacionamentos. O medo de viver os problemas dessa prática novamente impedem que muitos se arrisquem e se permitam conectar-se com alguém.

4- Tecnologia – A distância produzida pela internet facilita a prática, pois o anonimato protege os “fantasmas”.

 

Os pesquisadores afirmaram que pessoas com características como narcisismo, psicopatia e maquiavelismo têm maior tendência a praticar “ghosting”. Apesar disso, o simples desinteresse ou a falta de intimidade também podem causar situações do tipo. Algumas dicas podem ajudar as vítimas: 

 

1- Lembrar que há outras pessoas que passaram pelo mesmo.

2- Não culpar a si mesmo.

3- Aceitar a negação.

4- Caso necessário, procurar ajuda de um profissional especializado em saúde mental.

5- Não praticar “ghosting” como forma de amenizar a própria dor.

Foto destaque: Mulher mexe no celular. Reprodução/Gazeta RS

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