Pandemia sem previsão do fim: 2 anos e nenhuma certeza

Joyce Viana Por Joyce Viana
4 min de leitura

Desde 11 de março de 2020, o mundo vive uma pandemia mundial assolada pelo Novo Coronavírus. Assim, neste dia, a Organização Mundial da Saúde declarava o estado de pandemia um século após a tragédia da gripe espanhola que também teria levado milhões de pessoas.


Mãe colocando máscara em criança. (Reprodução/Pexels)


Dois anos depois, a falta de vacinas para milhares de pessoas e a alta taxa de transmissão, ainda são fatores que mantêm o status de pandemia inviabilizando o seu fim.

Em contrapartida, segundo especialistas o mundo está caminhando para o fim da pandemia devido a redução de casos e controle da doença, sendo difícil encará-la pelas novas possíveis variantes e os locais onde a vacina ainda não chegou, por exemplo, várias partes do continente africano.

No Brasil, já foram registrados mais de 654 mil óbitos em decorrência do coronavírus, sendo o segundo país com mais mortes em todo mundo, atrás, apenas, dos Estados Unidos e a continuidade das constantes variantes faz com que a OMS não possa declarar a endemia, quando uma doença é recorrente, mas não há aumento significativo de casos e a população convive com ela.

Dessa forma, a Organização Mundial da Saúde alega ainda ser prematuro decretar o término da pandemia: “É muito cedo para cantar vitória. Ainda há muitos países com baixa cobertura vacinal e alta transmissão”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Assim, não há indicadores exatos que ajudem a determinar quando o mundo deixará de estar em uma pandemia, sendo necessário continuar com o amplo acesso à vacinação e a redução cada vez maior da transmissão do coronavírus.

Novo normal: proteção não pode parar 

Desde janeiro, passado o pico da variante ômicron, o Brasil tem sido palco da queda de casos e de mortes da variante, fazendo com que vários estados decretem o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras. 

Além disso, vários outros países também já decretaram o fim da obrigatoriedade do uso das máscaras e a volta de torneios de futebol, peças de teatro, cinema e outros eventos em que há aglomeração de pessoas.

Apesar disso, o maior desafio ainda é fazer com que a vacina chegue a todos os locais do mundo, isso porque, ainda há lugares em que não há nem 10% da população vacinada. Este cenário ocorre também pela falta de insumos e geladeiras, ou seja, condições favoráveis para a vacinação.

Dessa forma, 56,8% da população mundial tem as duas doses ou dose única da vacina, segundo o dado mais recente da OMS, no dia 6. No Brasil, esse percentual é de 72,9%.

Enquanto outras regiões do mundo não são vacinadas, novas variantes podem surgir, como ressalta Felipe Naveca, virologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia: “A teoria mais aceita para a ômicron é que ela surgiu na África a partir de uma pessoa que ficou por muito tempo infectada. Isso permitiu ao vírus acumular um elevado número de mutações.” E conclui: “A melhor maneira de não subestimarmos o SARS-CoV-2 é continuarmos estudando como ele evoluirá.”

Em suma, é preciso continuar tomando todas as preocupações necessárias, sem aglomerações e utilizando as máscaras nos locais em que ela é obrigatória e, mesmo se não for, utilize sempre que se sentir desprotegido. Além claro, de tomar todas as doses necessárias para proteção.

Foto destaque: Enfermeiros com máscaras para o novo coronavírus (Reprodução: Pexels)

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