A Fundação Oswaldo Cruz conhecida como (Fiocruz) revelou em seu estudo em Minas Gerais que a vitamina B12 é capaz de regular os processos inflamatórios, nos efeitos que causam desregulação e agravamento da Covid-19. Assim, o medicamento atua no período de infecção do coronavírus.
Na pesquisa foi comparado amostras de sangue dos pacientes que estavam hospitalizados em nível grave e moderado da doença, juntamente, com sangue de indivíduos saudáveis – voluntários sem Covid-19 – com uma análise de todos os genes: pelas células de defesa, leucócitos e em cada um dos grupos registrados.
De acordo com o estudo, os pacientes com Covid-19 mostraram expressão alterada de muitos genes, mesmo sendo tratados por cerca de 11 dias com corticoides. Ao ser introduzida a vitamina B12, foi analisado que a expressão dos genes inflamatórios, se aproximou dos indivíduos saudáveis, revelando e comprovando a eficácia da vitamina e sua ajuda para controlar a inflamação.
Os dados da pesquisa foram publicados em um artigo, até o momento em formato de preprint. Desta forma, o processo de revisão pelos pares precisa anteceder a publicidade da versão definitiva do documento.
Como funciona a vitamina B12:
Análise de laboratório. (Foto: Reprodução/Unsplash)
A B12 atenua por um quadro conhecido de tempestade inflamatória, que é causado como uma resposta imune excessiva do organismo. Segundo os estudos, a B12 atua regulando esse evento, aumentando a produção da molécula doadora universal de uma substância intitulada metil, que desativa os genes que podem favorecer a inflamação.
A equipe da Fiocruz, verificou a segurança da B12 e, introduziu todo tratamento com a vitamina baseado nas amostras de indivíduos saudáveis. Sendo, constatado que não ocorreu nenhuma alteração nos níveis de expressão dos genes, além disso, a não toxidade da B12 foi comprovada também. O pesquisador e coordenador do estudo, Roney Coimbra: não adianta tomar a vitamina por conta própria, para medida de prevenção – a eficiência da B12 é apenas para a normalização de processos inflamatórios alterados pelo Covid-19.
A pesquisa foi realizada em parceria com o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, em Belo Horizonte, o estudo contou com a participação dos pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e também a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Foto destaque: Imagem de análise de laboratório. Reprodução/ Unsplash