Pílula anticovid da MSD é ativa contra a variante Ômicron, apontam estudos

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A companhia farmacêutica Merck Sharp and Dohme (MSD), e sua parceira Ridgeback Biotherapeutics, veicularam na mídia na última sexta-feira (28) que sua pílula anticovid é ativa contra a variante Ômicron, segundo apontam os estudos de laboratório.

A atividade antiviral do medicamento, intitulado de Molnupiravir, foi analisada pelos cientistas quando em contato com a variante Ômicron, de rápida disseminação, e constatada que se encontra ativa para a cepa.

Tanto o Molnupiravir quanto a pílula Rival da Pfizer receberam autorização para serem comercializadas em território estadunidense em dezembro do ano passado e são consideradas ferramentas essenciais na luta contra a disseminação do coronavírus. A farmacêutica Pfizer, ainda, anunciou na mesma data que os dados de laboratório comprovam a eficácia da substância de sua pílua contra a cepa viral Ômicron.

A MSD disse mais cedo neste mês que sua pílula tem um mecanismo que pode funcionar contra a Ômicron e qualquer outra variante. O Molnupiravir foi autorizado para uso em mais de dez países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Japão.


Cientistas testando substâncias. (Foto: Reprodução/Mayo Clinic).


Aprovação do FDA sobre o uso do Molnupiravir

A agência reguladora de saúde dos Estados Unidos já havia considerado no ano passado a eficácia do antiviral em pacientes infectados com o Covid-19 e em risco de hospitalização.

A taxa de hospitalização e morte nos pacientes medicados com o Molnupiravir foi de 7,3% em comparação aos 14,1% daqueles que receberam apenas placebo. Nenhuma morte foi observada em pessoas tratadas com Molnupiravir, em comparação com 8 no segundo grupo.

Os antivirais diminuem a capacidade de um vírus se replicar, desacelerando a doença. No entanto, o comitê não recomenda a autorização do remédio em mulheres grávidas, considerando que “não há cenário clínico em que os benefícios superem os riscos” nesta população.

Embora grávidas não tenham sido incluídas no ensaio clínico da MSD, a FDA baseia sua recomendação nos resultados do estudo em ratas e coelhas grávidas, alguns dos quais tiveram mais malformações do que nos grupos de controle.

 

Foto de destaque: Pílulas MSD. Reprodução/AFP.

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