Com o aumento da popularidade dos cigarros eletrônicos a cada dia aumentam também os debates sobre o uso.Surgiram há duas décadas como uma alternativa mais saudável para o cigarro tradicional, que vem perdendo popularidade ao longo dos anos devido também às campanhas de saúde.
No Brasil a opção também está ficando cada vez mais popular apesar da compra do aparelho ser proibida no país desde 2009, mas o uso não. Assim sendo, é possível adquirir fora do país e consumi-lo em terras brasileiras.
Acendendo cigarro tradicional(Foto:reprodução/prexels/lilartsy)
A Inglaterra está prestes a se tornar o primeiro país a prescrever cigarros eletrônicos como tratamento para pessoas que querem largar o cigarro tradicional, mas a alegação que seria uma opção saudável se encontra com muitas controvérsias. Muitos médicos e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para a presença de componentes tóxicos no produto e ainda a exposição à nicotina a crianças e adolescentes.
O crescente debate se dá a algumas mudanças tanto nos estados unidos pela FDA, que é a agência reguladora que autorizou o uso de três novos produtos, sinalizando acreditar que oferecia ajuda fumantes a largarem o cigarro tradicional e dias depois O Ministério da Saúde do Reino Unido deu um passo adiante para a prescrição do produto por médicos.
As decisões tomadas por esses órgãos partem do pressuposto que embora não seja ideal o uso de vaporizantes com nicotina, os cigarros eletrônicos são mais seguros que os tradicionais porque não produzem alcatrão e monóxido de carbono que causam doenças pulmonares e câncer.
Eles não são totalmente isentos de riscos, de acordo com alguns estudos feitos na inglaterra, essa estratégia levou um aumento de mortalidade cardiovascular, pois ainda contém substâncias químicas que levam a este quadro-explica o pneumologista Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
“Para quem faz cessação, parar de fumar é parar de usar nicotina e não parar de usar cigarro. Esse seria um bom tratamento se o usuário conseguisse ficar livre de tudo, mas não é o que acontece. Há apenas a troca do vício”
Há estudos associando bronquite e outros problemas graves de pulmão ao uso de vaporizadores e para a doutora Jaqueline Scholz, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor não há evidências que o uso do aparelho não ajude a abandonar o tabagismo.
Foto Destaque;Vaporizador de nicotina em uso. Reprodução/Tolga Akmen/AFP