Pressa em Hospitais: Atendimento médico rápido irrita pacientes

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
2 min de leitura

É de conhecimento geral os avanços tecnológicos que a medicina vem sofrendo de anos em anos. Atualmente, existem ferramentas para tratar a população de forma rápida e eficaz. Um bom exemplo é o “Linda”, um aparelho parecido com um smartphone comprido, que usa tecnologia de ponta para, em segundos, identificar se uma mulher pode estar em risco de ter câncer de mama.

São estudos de anos, descobertas e avanços para que cada vez mais a vida da população seja preservada. Contudo, com a rapidez desses acontecimentos e a rotina corrida em hospitais e emergências de todo Brasil, criou-se uma insatisfação entre médicos e pacientes, a consulta feita com pressa. As questões emocionais fazem parte do cotidiano no atendimento de saúde. Por isso, é comum que alguns sintomas físicos sejam relacionados com questões psicológicas. Com isso, os diagnósticos podem ser levados a especialistas de diferentes áreas médicas.

Muitos pacientes estão reclamando dos atendimentos médicos atuais. A maior crítica é não ter tempo de falar com clareza e detalhes o que sente para que um bom diagnóstico seja feito. É exigido de todos uma prática assistencial empática, justa e respeitosa.


Médico atendendo um paciente idoso (Foto: Reprodução/Capivara News) 


Para a psicologia, quando o médico realiza um atendimento e demonstra empatia por seu paciente, deixa-o mais seguro e bem mais confortável para confiar informações sobre os sintomas e o problema que possui. Dessa maneira, o profissional consegue recolher as informações necessárias e com mais detalhes para dar o parecer exato. Ademais, poupa tempo e esforços em exames físicos ou complementares. O que desmoraliza o atendimento rápido e impessoal.

A primeira menção a essa crítica aconteceu no ano de 2002, na Itália. O termo apresentado foi “Slow Medicine” e parte de uma filosofia que busca resgatar o tempo como parte essencial da abordagem médica promovendo uma consulta mais cuidadosa e pensando no paciente acima de qualquer meta ou competição entre médicos. 

 

Foto Destaque: Reprodução/TJCC

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