Primeiro paciente diagnosticado com Varíola dos Macacos fala como se sentiu

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
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Os casos de infecção desse vírus começaram a ser relatados com frequência em Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos. Até pouco tempo, todos os casos fora da África eram importados de pessoas que possuíam viagens recentes à República Democrática do Congo ou à Nigéria. Os diagnósticos reportados em maio de 2022 são os primeiros casos autóctones, ou seja, não se sabe ao certo como aconteceu a transmissão. 

O Monkeypox virus, embora seu nome popular  seja “varíola do macaco” é um vírus que infecta roedores na África, e macacos são provavelmente hospedeiros acidentais, assim como a população. A primeira aparição do vírus foi em 1958, em macacos. A infecção possui sintomas bem similares à varíola humana, porém com baixas taxas de transmissão e de letalidade.


Vírus Varíola dos Macacos (Foto: Reprodução/SCIENCE PHOTO LIBRARY)


Os sintomas podem ser apresentados em qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma
inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica.  Caso apresente dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares, nas costas ou no corpo e fraquezas, é preciso fazer exame de imediato para confirmar ou descartar a doença.

A primeira pessoa a ser diagnosticada com varíola dos macacos foi Anderson. Isso aconteceu por ter feito uma viagem com sua mãe para Portugal e Espalha, dois principais lugares do surto da doença. 

“Eu queria dar um presente de aniversário para minha mãe que ela fez aniversário dia 23 e decidi viajar para Portugal. Saímos daqui na, no sábado à noite, nos hospedamos em Lisboa. Ficamos em Lisboa até o dia 25. Nós já tínhamos combinado que íamos para Barcelona. Fomos para Barcelona. Em Barcelona, ficamos até a sexta-feira à noite. Porque sábado de manhã bem cedinho eu embarco de volta para o Brasil fazendo uma conexão ali é em Lisboa”, relatou Anderson.

Sobre seus sintomas, não possuíram diferença do padrão. “Eu cheguei no Emílio Ribas por causa das feridas que já estavam no meu corpo, em grande quantidade. Eu tive febre, dor de cabeça, dor no olho, a sensação que eu tinha era que eu tinha sido atropelado e quebrado todos os ossos do corpo. eu não conseguia sair da cama e uma febre muito alta, calafrios.” foi o que declarou Anderson. 


Hospital Emílio Ribas (Foto: Reprodução/ Agencia AIDS)


O tratamento feito no hospital está progredindo e Anderson diz estar se sentindo bem. O supervisor médico Ralcyon Teixeira disse que ele terá permissão de sair do isolamento quando todas as lesões secarem e tiverem cicatrizadas.

 

Foto Destaque: Reprodução/Shutterstock

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