Remédio contra o câncer em estudo reduz doença em todos os pacientes

Matheus Alvarenga Por Matheus Alvarenga
2 min de leitura

Um estudo feito pelos cientistas do Memorial Sloan Kettering (MSK) Cancer Center mostrou que o medicamento usado em todos os 12 pacientes com câncer retal causou redução em todos os tumores dos pacientes. A remissão aconteceu sem a necessidade de quimioterapia, sendo que a doença se tornou indetectável em seus corpos.

O estudo foi publicado na New England Journal of Medicine, junto a um artigo revisando os achados dos cientistas. Foram seis meses de tratamento, e o resultado foi uma surpresa tanto para os pacientes quanto para os pesquisadores: a primeira paciente estava a caminho de Nova York para a radioterapia quando seu oncologista a avisou que o câncer havia entrado em remissão.


Remédio usado em pesquisa reduziu tumor de 12 pacientes (Foto:Reprodução/OGlobo)


A iniciativa partiu de médicos e dos cientistas do MSK, que decidiram investigar se a imunoterapia por si só poderia tratar o câncer, sem, esperar resultados tão positivos. Ainda que a amostragem seja pequena, os 12 pacientes envolvidos, além de se livrarem da doença, não tiveram efeitos adversos por conta do uso de dostarlimab.

Nem tudo, é claro, são flores. Especialistas lembram que medicamentos como o dostarlimab causam reações alérgicas em uma a cada cinco pessoas, e de 3% a 5% delas apresentam reações severas, incluindo fraqueza muscular e dificuldade de mastigar e engolir. Essa falta de efeitos colaterais pode ser resultado do baixo número de pacientes que foram utilizados nessa pesquisa.

A droga é um inibidor de controle, que, basicamente, tira o freio das células imunes, as liberando para reconhecer e atacar células do câncer.

Serão necessários mais testes, e em um número maior de pacientes, para entender completamente os resultados do tratamento com a droga específica. Ainda assim, os médicos estão confiantes nos resultados e felizes com a nova perspectiva dos pacientes que entraram em remissão, já que suas funções corporais serão mantidas normalmente

Foto destaque: Paciente no hospital Reprodução/TJCC

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