A última sexta-feira (24) foi bem movimentada para os estadunidenses. A “Roe vs Wade”, decisão que garante o direito nacional ao aborto, foi derrubado pela Suprema corte dos Estados Unidos. Essa garantia estava em vigor desde 22 de janeiro de 1973
Devido ao governo Trump, a Suprema Corte é atualmente formada por 9 membros. Com a sua maioria conservadora, apenas 3 membros permaneceram a favor da continuação da decisão “Roe vs Wade”. O argumento utilizado para a revogação foi que a decisão feita em 1973 foi baseada em apenas uma interpretação da constituição e não é prevista pela lei.
Apesar disso, cada estado é livre para decidir a respeito da proibição ou autorização do direito de abortar, mesmo com quase metade do país sendo de caráter conservador, situação que EUA vivia antes da decisão nacional.
Por isso, mulheres que querem interromper a gravidez em estados onde foi proibido, terão que se deslocar até algum estado que seja permitido.
Mulher segurando um metodo contraceptivo (Foto: Reprodução/Divulgação)
Mas as medidas não afetaram apenas na proibição do aborto. Algumas grandes redes de farmácia estão limitando a compra de contraceptivos de emergência. Essas pílulas, mais conhecidas aqui no Brasil como pílula do dia seguinte, não interrompem uma gravidez, elas apenas previnem que a gravidez aconteça.
Muitas das vezes, a decisão de tomar essa pílula é após o rompimento do preservativo ou, até em casos mais graves, após um estupro e assédio sexual. A compra desses contraceptivos, nos Estados Unidos, está sendo limitados em até 3 comprimidos para pessoa.
Problemas desse tipo não são novidades para as mulheres estadunidenses, já que também sofrem pela escassez de absorventes menstruais. A decisão de revogar o direito ao aborto, não atinge apenas ao fato de abortar ou não, mas afeta todo seu contexto. Medidas contraceptivas, educação sexual e vários outros métodos que previnem uma gravidez indesejada serão atingidos por essa medida.
Foto Destaque: Mulher segurando um teste de gravidez. Reprodução/Divulgação