Desde o fim de 1904 havia uma relutância da população para se imunizar com a primeira vacina bem-sucedida do mundo na saúde pública, a da varíola humana (que é diferente da varíola dos macacos). Tal revolta ocorreu pelos mesmos motivos que atualmente alguns grupos se recusaram a se vacinar contra o COVID-19: as fake news. Sendo assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou uma forte campanha em 1971 mostrando os benefícios da vacinação, e tempos depois a varíola humana foi declarada erradicada no Brasil.
Ilustração da revolta da vacina contra a primeira vacina criada. (Foto: Reprodução/Estadão)
Estudos recentes apontaram que tal vacina ainda é de extrema importância nos dias de hoje, ela é eficaz cerca de 85% na prevenção da varíola dos macacos. Entretanto, não é possível ter certeza de quem adquiriu o imunizante. Há uma estimativa que todas as pessoas nascidas em na década de 1960 a adquiriram, e quem nasceu depois de 1971 não adquiriu. Não é possível ter um número correto pois como isso já aconteceu a diversos anos, a maioria das pessoas nem sequer possuem os comprovantes.
Com o rápido avanço da varíola dos macacos os cientistas buscaram entender se as vacinas já existentes são eficazes ou se precisariam desenvolver novas substâncias. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), ressaltaram que os dois imunizantes já existentes, ACAM2000 e JYNNEOS, podem ser usados para o controle. Acredita-se que não será necessário a vacinação em massa da população, mantendo uma boa higiene e relações sexuais seguras a propagação será reduzida. Com base nisso, a OMS emitiu uma nova medida sanitária no dia de ontem (24) recomendando a volta do uso de máscaras em aeroportos e aviões.
Por outro lado, os profissionais da área da saúde que forem infectados ou tiveram contato com alguém infectado serão recomendados a receber o imunizante JYNNEOS, da Bavarian Nordic.
Foto Destaque: Cientista analisando a substância da vacina. Reprodução/ OmniaHealth