Saiba como está à luta contra o Alzheimer

Isabela Oliveira Por Isabela Oliveira
3 min de leitura

O neurologista Rudy Tanzi era um estudante da Harvard Medical School quando ajudou a identificar o gene associado à doença de Alzheimer hereditária- a proteína beta-amiloide.

“Era o verão de 86. Eu tinha 27 anos”, disse Tanzi. “Lembro-me de pensar que, pela primeira vez desde quando o médico Alois Alzheimer descreveu o amiloide em 1906, temos uma pista de suas origens”.

Desde então as descobertas nunca pararam. Cientistas do mundo todo continuam a desconstruir a base genética da doença.

Outros 42 genes foram descobertos em 2022, que agora conta com o total de 75. Algum tempo depois outro gene chamado MGMT foi identificado podendo explicar por que as mulheres são mais propensas a serem diagnosticadas com o Alzheimer do que os homens.

“É uma descoberta específica para mulheres — talvez uma das associações mais fortes de um fator de risco genético para a doença de Alzheimer em mulheres”, relata Lindsay Farrer, chefe de genética biomédica da Escola de Medicina da Universidade de Boston, a CNN.

Muitos genes contribuem para o desenvolvimento da doença de Alzheimer e outros tipos de demência, os cientistas se convenceram de que a jornada de cada pessoa pode ser diferente.


Mal de Alzheimer e o esquecimento de quem você é. (Foto/Reprodução/Revista News Lab)


“Existe um ditado: uma vez que você viu uma pessoa com Alzheimer, você viu uma pessoa com Alzheimer”. A doença de Alzheimer é uma doença multifatorial, composta por diferentes patologias, e cada pessoa tem seu próprio caminho. A doença se apresenta de forma diferente e progride de forma diferente em pessoas diferentes” disse Richard Isaacson, diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer no Centro de Saúde do Cérebro da Faculdade de Medicina Charles E. Schmidt.

O alvo da pesquisa é encontrar terapias que foquem no sistema imunológico, enquanto outras pesquisas investigam o metabolismo celular.

Outro alvo da pesquisa é o exame de drogas que já existem que possa impedir que o Alzheimer se enraíze no cérebro.

A prevenção é o foco principal de grande parte das pesquisas atuais. Exercícios físicos, ter uma dieta baseada em vegetais, reduzir estresses e lidar com o déficit de sono e alguns tipos de treinamentos cognitivos vem mostrando resultados para pessoas no estagio inicial da doença.

Foto Destaque: Alzheimer começa em várias áreas do cérebro. Reprodução/UOL.

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