Recentemente o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, comunicou a refundação da sua holding de empresas (Facebook, Instagram, WhatsApp…) com o nome de Meta. A nova marca está ligada diretamente a ideia em que Zuckerberg e outros empresários do mundo da tecnologia estão orientando seus negócios: o Metaverso.
O conceito é do romance Snow Crash, publicado por Neal Stephenson em 1992. É uma ideia que também vimos representada em filmes mais atuais como Ready Player One. Stephenson, os personagens estão em vidas paralelas entre o mundo real e um mundo virtual constituito por uma grande empresa de tecnologia.
Tecnicamente é uma junção entre realidade estendida imersiva’, com RPG multiplayer online (gênero de game onde os jogadores são os personagens imaginários) e diversas outras tecnologias inteligentes envolvidas e propelidas pela web de alta performance.
O Metaverso afetará nossa saúde mental (Foto: Reprodução/Pexels)
As pessoas poderão realizar nos ‘ambientes-metaversos’ o que já fazem na vida físico-presencial, porém o farão em meio virtual. Poderão interagir, participar de eventos, fazer compras, trabalhar, estudar, etc. Também será possível usar essa fusão
Ademais de suas diversas oportunidades de negócios e entretenimento, o Metaverso proporciona vários problemas associados à saúde mental de seus usuários. A psicologia já há algum tempo apresenta estudos que sugerem tanto os problemas quanto os benefícios da utilização dessas realidades virtuais e aumentadas.
Uma pesquisa publicada pela Universidade de Oxford aborda sobre os possíveis benefícios que a realidade virtual pode ter para pacientes com características esquizotípicas (pessoas com comportamentos e sintomas próximos à esquizofrenia). O estudo indica que a imersão em realidade virtual pode ser benéfica em ambientes controlados. Especialmente, para tratar certas fobias e distúrbios.
Alguns pesquisadores, consideram que o problema é que o Metaverso apresentado por Mark Zuckerberg dificilmente seja um meio controlado.
Há outros estudos publicados pela Universidade de Cambridge, que tratam sobre a conexão entre o aparecimento de delírios e o uso da realidade virtual. O que essa pesquisa argumenta é que o “afastamento” de nossa realidade pode levar ao surgimento de sintomas próximos à psicose.
Foto destaque: Reprodução/Pexels