Depressão é uma doença psiquiátrica crônica, incapacitante e recorrente que promove alteração do humor, caracterizada por tristeza profunda e forte sentimento de desesperança. Ela atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo, variando em três diferentes graus: leve, moderado e grave. Além do mais, quem pode ser atingido por essa doença além de adultos, são crianças e adolescentes.
Segundo dados apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5,8% da população brasileira sofrem de depressão – totalizando 11,5 milhões de casos. O índice é crescente na América Latina e o segundo maior nas Américas, estando atrás apenas dos Estados Unidos, que contabilizam 5,9% da população com o transtorno e um total de 17,4 milhões de casos.
Os sintomas além da sensação de tristeza podem ser vários outros, como:
• Alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional);
• Distúrbio de sono (insônia sonolência excessiva praticamente diárias);
• Problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias);
• Fadiga ou perda de energia constante;
• Culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade);
• Dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se);
• Ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte);
• Baixa autoestima;
• Alteração da libido.
Ilustração sobre Depressão (Foto: Reprodução/Vittude)
Os tratamentos contra depressão muitas vezes podem ser ineficientes pela maneira com que estão sendo executados e muitas vezes os quadros depressivos retornam. De acordo com o psiquiatra Leonardo Rodrigues da Cruz, do Instituto Meraki Saúde Mental, pesquisas apresentam que metade dos pacientes que passaram por um episódio de depressão voltarão a enfrentar o quadro nos próximos cinco anos.
“A falta de tratamento adequado predispõe a uma evolução pior, e estudos mostram que até 70% das pessoas não são tratadas adequadamente. Quando o tratamento é feito de maneira precoce, os resultados são melhores, proporcionando mais tempo livre de sintomas e redução da chance de novos eventos”, declara o psiquiatra.
Para ajudar a enfrentar a doença existem alguns hábitos que podem ser implementado e no dia a dia. É preciso focar na qualidade do seu sono, dormir bem é um hábito necessário para manter a saúde mental. Buscar técnicas de meditação e exercícios físicos diminui o estresse rotineiro, ademais, essas atividades liberam endorfina, substância química que reduz dores e melhora o humor.
É de extrema importância não consumir álcool, a bebida pode influenciar negativamente no tratamento de depressão e instigar pensamentos negativos. É preciso enfrentar a doença e admitir que tem um problema, saber de sua condição é o primeiro passo para um tratamento eficaz. Se consultar com um profissional e fazer acompanhamento recorrente é a única opção para um tratamento eficaz.
Foto Destaque: Reprodução/Hospital Santa Mônica