Saúde mental no trabalho: como o coletivo ajuda no bem-estar

Gabriel Gomes Por Gabriel Gomes
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou no último mês de junho sobre saúde mental que não era revisado desde os anos 2000. No primeiro ano da pandemia, houve um aumento de 25% nos casos de depressão e ansiedade, e o bournout foi oficializado como uma doença ocupacional.


A falta de comunicação é um dos principais problemas no coletivo (Foto: Reprodução/Blog IPOG)


As empresas já olhavam para o cuidado com a saúde mental de seus empregados. Além da importância de estar bem, a produtividade crescia com empregados saudáveis. A depressão e a ansiedade foram doenças que mais preocuparam por causa das mudanças que são forçadas com os diagnósticos. Com isso, programas de bem-estar e as mudanças nos formatos de trabalho foram implementados no Brasil, mas isso não significa que tenha melhorado.

Foram aderidas as aulas de mindfulness, terapia online, semana de trabalho reduzida, sala de descompressão em escritórios que são importantes para o autoconhecimento e controlar o estresse.

Mas entre os problemas mais comentados estão as culturas tóxicas, relacionamentos difíceis com chefe ou colegas, falta de autonomia e confiança, comunicação ineficiente e sobrecarga de tarefas.

“A promoção de saúde mental no trabalho precisa ser pensada de forma coletiva e sistêmica, não por meio de ações isoladas e desconectadas da cultura da organização. Colocar à disposição do empregado uma porção de recursos e simplesmente incentivá-lo a buscar o próprio bem-estar pode se tornar mais um fator de pressão sobre ele, que tende a se sentir ainda pior”, comentou Francisco Nogueira, psicólogo e psicanalista e sócio da consultoria Relações Simplificadas.

Para especialistas, as questões que afetam a nossa saúde mental deveriam ser abordadas no mundo corporativo. A falta de comunicação é um desses problemas que afetam na produção, e é preciso rever a gestão de pessoas para ter uma cultura de segurança psicológica, e ambientes assim, tendem a ser mais produtivos.

“Lugares assim geram funcionários mais satisfeitos e conectados consigo e seus recursos internos, o que traz engajamento e resultados para as empresas”, afirma Francisco.

Foto destaque: Reunião em ambiente corporativo. Reprodução: Alfredo Bottone

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