Segundo diretora da AACD, pessoas que adquirem deficiências precisam de reabilitação

Yan Guedes Por Yan Guedes
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Daniella Neves, diretoria médica da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) entende que a discussão sobre pessoas que adquirem algum tipo de deficiência ao longo da vida é um assunto importante. Podemos dizer que é importante porque, quando se pensa em pessoa com deficiência, na maioria dos casos se pensa em alguém com doenças congênitas. Mas é sempre bom lembrar que há casos importantes que também pedem tratamento e reabilitação.

“A gente fala mais das congênitas, de quem nasce com más-formações, mas a aquisição ao longo da vida é importante”, disse a diretora, à CNN Rádio.

Daniella Neves ainda lembrou que o paciente que adquire alguma deficiência ao longo da vida muitas vezes se sente perdido, sem orientação. Justamente pela visão da deficiência ser um fato novo na vida dessa pessoa.


Hospital da AACD, unidade Abreu Sodré (Fonte: Reprodução/aacd.org)


Segundo Daniella, existem três grupos que compõem essa parcela da população. O primeiro é originado de um Trauma Crânio-Encefálico (TCE) e sequelas de AVC, que terminam com problemas neurológicos e dificuldade de mobilidade. O segundo grupo seriam os amputados, que têm como causa acidentes, como por exemplo, acidentes automobilísticos. Já o terceiro grupo são os provenientes de lesão medular, que pode ser causada por doenças ou mesmo lesões ocasionadas por arma de fogo, por exemplo.

Atualmente, o índice de evolução na reabilitação dos pacientes da AACD está acima de 80%.

“A principal ferramenta é a reabilitação, que é poderosa para a inclusão na sociedade, no trabalho, vida social, lazer”, afirmou a diretora.

A diretora ainda destacou a importância da reabilitação para o paciente se reinserir na sociedade.

“Cada paciente tem uma atividade, mora em determinado lugar, com determinada família. A reinserção se dá pela reabilitação.”

Segundo Daniella, o tratamento é multidisciplinar: “A questão da mobilidade é importante, mas não é a única, temos terapias, psicologia, vários aspectos”.

A AACD trabalha com protocolos individualizados e atua neste campo há mais de 72 anos.

 

Foto destaque: Deficientes precisam ser reinseridos na sociedade. Reprodução/Prefeitura Paulista

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