Na última segunda-feira(4), foi publicado na revista científica “The Lancet”, novos dados sobre o imunizante da Pfizer, que confirmam números já exibidos pela empresa: a eficácia da vacina depois de seis meses da aplicação da segunda dose manteve-se em 90% contra casos graves e hospitalizações de todas as variantes, principalmente a delta.
Os pesquisadores do estudo publicado declaram que, “nosso estudo confirma que as vacinas são uma ferramenta crítica para controlar a pandemia e permanecem altamente eficazes na prevenção de doenças graves e hospitalização“
Vacina Pfizer (Foto: Reprodução/ x3 / Pixabay)
Foram analisados, pelos pesquisadores, cerca de 3,5 milhões de registro disponíveis no sistema de saúde da Kaiser Permanente Southem Califórnia, um centro de pesquisa, para se chegar a essa conclusão, entre os dias 4 de dezembro de 2020 e 8 de agosto deste ano.
https://inmagazine.com.br/post/Vacinacao-contra-o-coronavirus-veja-os-dados-no-Brasil
A apuração também confirmou outro dado de grande importância que foi apontado antes pelo CDC, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e também pelo Ministério da Saúde de Israel: a eficiência contra a infecção minimiza com o tempo.
Ao examinar a eficácia da vacina somente em casos de infecção pela variante delta, foi observado que a imunidade foi de 93% um mês depois da aplicação da segunda dose do imunizante ara 53% depois de 4 meses da vacinação. Ao ser examinados a imunidade gerada em casos de infecção pelas outras variantes, a proteção foi de 97% para 67% depois de quatro meses.
Para Luis Joda, vice-presidente e diretor médico da Pfizer Vaccines, essa descoberta esclarece porque algumas pessoas se infectam mesmo depois de já terem completado seu esquema de vacinação e enfatiza a urgência de ampliar a imunização para todas as pessoas o mais rápido possível, pois basta uma pessoa se infectar para que todos sejam colocados em risco.
O diretor médico da Pfizer Vaccines diz que “As infecções de Covid-19 em pessoas que receberam duas doses de vacina são, provavelmente, devido à diminuição [da eficácia], e porque foram causadas por delta ou outras variantes que escapam da proteção da vacina“
Entretanto, essa descoberta não faz interferência na imunidade contra hospitalizações e casos graves, que se mantém em 90% para todas as idades, variantes e segue inalterada nos seis meses decorrentes depois da segunda dose da vacina. No entanto, isso significa que mesmo que alguém se contamine com o vírus depois da vacinação, a pessoa terá 90% de chance de não ser hospitalizada.
Foto destaque: Reprodução/Maksim Goncharenok /Pexels