Setembro Amarelo: Saiba como ajudar na prevenção do suicídio entre os jovens

Bianca Aristides Por Bianca Aristides
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Neste último sábado (10), foi o dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e, este mês é dedicado para aumentar a vibilidade do assunto, com alertas para prevenção de suicídios e problemas com a saúde mental, no entanto, o tema vai muito além de apenas um mês! A necessidade de se atentar aos principais sintomas que atinge, principalmente, os jovens como: a depressão e a ansiedade estão presentes no dia a dia e durante o ano inteiro.

No Brasil, educadores e profissionais da educação da área da saúde, perceberam o aumento nos casos de transtornos mentais e de suicídios nessa faixa etária, deixando de ser algo raro e sim comum. Contudo, mesmo que a adolescência seja uma época empolgante ela traz uma vulnerabilidade de riscos, assim, é imprescindível que a família e amigos sejam presentes e atentos a quaisquer sintomas.

O bem-estar mental de um jovem pode ser influenciado por diversos motivos seja: a sociedade, a cultura, a economia, sentimentos pessoais e emoções. Além disso, a busca por pertencer a um grupo que às vezes pode ser difícil na escola seja pelo bullying ou à busca por se encaixar nos padrões sociais.  Assim, a adolescência é uma fase de se redescobrir e nem sempre pode ser fácil. 

Entenda sobre o suicídio:


Principais sintomas na depressão e no suicídio. (Foto: Reprodução/Pexels)


Entender a dor do outro é algo delicado ainda mais quando falamos sobre suicídio e como ajudar alguém que não tem mais esperanças em viver? Bom, o primeiro fator é saber que depressão é uma doença e não fraqueza e nem frescura! 

Outro fator é tornar natural falar cada vez mais sobre questões de saúde mental, na família, em palestras, em escolas, faculdades e no mercado de trabalho. É claro que apenas falar não adianta, mesmo que seja através do conhecimento e da informação que muitos entendem o que estão sentindo, ainda sim é essencial procurar um especialista, após identificar os sintomas. 

A busca do prazer imediato e a frustração são as principais características da adolescência; que ao se juntar com outros fatores vulneráveis, por vezes, trazem pensamentos de fracasso e desejo de morte. Portanto, a nova geração precisa ser ouvida e incentivada a interagir e aprender com os desafios da vida. 

Sinais de alerta:

Saiba os sinais de alerta mais comuns que costumam acontecer:

  • Mudanças bruscas de comportamentos, isolamento, fobia social, início ou aumento de uso de álcool e drogas ilícitas. Além de, baixo rendimento escolar ou no trabalho; 
  • Falta de prazer em atividades que eram as favoritas, impulsividade, desesperança;
  • Alterações na qualidade do sono, insônia, distúrbios alimentares como perda de fome;
  • Postagens nas redes sociais recorrentes à depressão, ansiedade ou que remetem à morte e suicídio; 

Alexandrina Meleiro, psiquiatra e vice-presidente da Associação Brasileira de em conjunto com a Karen Scavacini e a psicóloga, doutora pela USP e fundadora e CEO do Instituto Vita Alere, abordaram sobre o tema no Veja Saúde e selecionamos algumas dicas de como ajudar na prevenção ao suicídio:


Setembro amarelo como ajudar na prevenção ao suicídio. (Foto: Reprodução/Freepik)


  1. Dedicar um tempo à pessoa é essencial com os olhos voltados para ela sem celular para interferir. Uma dica é começar dizendo que percebeu que ela está diferente – é importante partir de sua perspectiva e nunca como uma acusação ou verdade absoluta.
  2. Mencionar sua preocupação com o indivíduo e, disponibilizar um espaço e um tempo para uma conversa tranquila e confortável – ouvir mais do que falar – acolher e mostrar que está disponível e presente. 
  3. Um fator importante é você pode ser direto e perguntar sobre o suicídio ou a tentativa, contudo, nunca emitir julgamento ou criticar o indivíduo.
  4.  É recomendável informar e incluir a escola nesse acolhimento, dessa forma, essa parceria fortalece o cuidado e a prevenção. Todos precisam de uma orientação e de ajuda e acompanhamento nesse processo.

As profissionais também ressaltam que o processo exibe melhoras a partir do acompanhamento médico e psicológico. A depressão e outros transtornos mentais têm tratamento e a família é necessária para ajudar a enfrentar esses momentos, falar sobre saúde mental pode fazer a diferença. 

Foto destaque: Setembro Amarelo prevenção contra ao suicídio. Reprodução/ Freepik

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