De acordo com um estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em Lisboa, o risco de reinfecção pelo Novo Coronavírus é maior com a subvariante BA.5 da Ômicron se comparada com a BA.2, mesmo entre pessoas vacinadas ou que se recuperaram da Covid-19 recentemente.
A pesquisa liderada pela professora Irina Kislaya foi publicada na última segunda-feira (25), na plataforma científica medRxiv e foi baseada na análise de testes de 27.702 adultos diagnosticados com a Covid-19 em Portugal entre 25 de abril e 10 de junho deste ano. Desse total, 15.396 adultos haviam sido infectados com a subvariante BA.2 e 12.306 com a BA.5, em alta circulação no mundo.
Desse total, aproximadamente 10% dos casos de BA.5 foram reinfecções, contra 5,6% de reinfecções pela BA.2. Os dados da pesquisa ainda sugerem que a nova linhagem tem maior escape contra a imunidade gerada pelo organismo após contato com o vírus.
Nesse sentido, a vacinação de reforço foi associada à redução de 77% do risco de hospitalização e 88% do risco de morte por Covid-19 após a infecção pela BA.5. Para os infectados com a BA.2, a proteção foi significativamente maior, de 93% e 94%, respectivamente.
10% dos casos foram de reinfecção pela variante BA.5. (Foto: Reprodução/Freepik).
Ômicron
Em 24 de novembro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou uma nova variante do vírus SARS-CoV-2 que causa a Covid-19: a B.1.1.529, posteriormente denominada Ômicron.
A variante Ômicron do Novo Coronavírus é altamente contagiosa e possui a capacidade de driblar os anticorpos naturais gerados por um contágio anterior por quem já teve Covid-19.
Segundo pesquisas, foi comprovado que a Ômicron tem uma capacidade excepcional de contornar a imunidade desenvolvida pelo corpo após contrair outras variantes, como delta, alfa e gama.
Foto destaque: subvariante BA.5 aumenta o risco de reinfecção por Coronavírus. Reprodução/Freepik.
