Inicia-se mais um ano e sempre será sinónimo de começo do ano letivo, que após 2 anos sem aulas presenciais, 2022 seria o retorno, no entanto, para que isso ocorra, a vacinação infantil precisa estar completa.
A vacinação infantil avança lentamente no Brasil, devido ao baixo número de doses disponíveis. Por outro lado, a nova variante Ômicron se espalha rapidamente, aumentando exponencialmente o número de brasileiros diagnosticados com Covid-19. Soma-se a esse cenário o início do ano letivo, planejado para os próximos dias, e a retomada de atividades coletivas das crianças, como aulas extracurriculares, prática de esportes, aniversários de coleguinhas etc. A maior parte dos estados não vai exigir comprovante de imunização dos estudantes ou não fará disso um empecilho para frequentar as aulas. Esse é o cenário perfeito para muitas dúvidas e inquietação em pais e responsáveis.
A recomendação é que crianças que tiveram contato próximo, estando na mesma sala de aula, por exemplo, de um colega que testou positivo para a doença, façam quarentena, em casa, até a consumação do teste. Em geral, recomenda-se que pessoas assintomáticas que tiveram contato com um caso confirmado aguarde cinco dias para realizar o exame. Se o resultado for negativo, as atividades podem ser retomadas.
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Os especialistas recomendam que todo indivíduo, criança ou adulto, com um quadro de síndrome gripal, que inclui tosse, febre, coriza e dor de garganta, deve iniciar a quarentena até a realização do teste. Se o resultado for positivo, o isolamento deve ser mantido por sete dias após o início dos sintomas, lembrando que o primeiro dia é considerado dia “zero” na contagem do isolamento. Ou seja, na prática, a retomada das atividades é permitida a partir do oitavo dia, desde que os sintomas já tenham melhorado e não haja febre por pelo menos 48 horas.
Os médicos asseguram categoricamente que, como para os adultos, a melhor vacina é aquela que estiver disponível. Os médicos ressaltam que as duas vacinas são seguras, eficazes e cumpriram com os mesmos rigores nos critérios de aprovação da Anvisa. Um estudo realizado no Chile, onde os dois imunizantes são aplicados em crianças, mostrou que a efetividade contra hospitalização é a mesma para as duas vacinas. Contra infecção sintomática, a proteção também é muito idêntica. Vale advertir apenas que a vacina da Pfizer é a única aprovada para crianças de 5 anos e para meninos e meninas imunocomprometidos, como transplantados, aquelas que vivem com HIV, que fazem hemodiálise ou que têm câncer.
Dados de estudos clínicos e de mundo real mostram que a imunização infantil é segura. O perfil de segurança do imunizante da Pfizer no teste com crianças foi semelhante ao observado em outras faixas etárias. Os efeitos colaterais mais comuns foram fadiga, dor de cabeça, dores musculares e calafrios. Não houve nenhum caso de Covid-19 grave entre os participantes, e nenhum episódio de doenças cardíacas raras, como miocardite e pericardite. Registros de vários países mostram que o principal evento adverso após a vacinação infantil é a dor no braço.
Há alguma contraindicação? Nenhuma. Apenas para as crianças que demonstrarem reação mais pronunciada depois da aplicação da primeira dose.
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