Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais, em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a nova vacina feita 100% aqui no Brasil, contra a Covid-19, está pronta para começar a ser testada em humanos ainda em 2022.
Antes de começar todos os testes clínicos necessários, os pesquisadores deste projeto estão aguardando a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A vacina “SpiN-TEC”, passará por etapas onde sua segurança e a imunogenecidade serão avaliadas.
Para o coordenador desse estudo, Ricardo Gazzinelli, até o momento, o imunizante não apresentou nenhum efeito colateral. “Até agora não observamos nenhum efeito colateral no local da aplicação ou alteração no organismo como um todo”, disse. Os resultados obtidos até agora vieram das respostas dos organismos de animais em laboratórios e os principais fatores analisados foram: perda de peso, temperatura e qualquer tipo de alterações no corpo.
Foto: Médica segurando um imunizante contra a Covid-19/ Reprodução: PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/ Rodrigo Clemente/ PBH
O especialista ainda afirmou que a vacina é capaz de produzir diversos anticorpos, respostas dos linfócitos do tipo T e protege contra a infecção do vírus Sars-CoV 2 (o vírus do Coronavírus) no organismo animal. A criação dessa vacina acontece pela combinação das proteínas S e N, e juntas formam uma proteção maior contra as variantes da Covid-19.
Ricardo afirma que essa combinação das proteínas, confere à SpiN-TEC, detalhes diferentes em relação às outras vacinas já disponibilizadas, pois elas têm como base a proteína S, e esta consegue se modificar e ter a eficiência necessária para combater as mutações do vírus. Enquanto que a proteína N, não tem o desenvolvimento que pode tentar combater as novas variantes.
Para os especialistas, este novo imunizante servirá também como uma dose de reforço ao esquema de vacinação. “O que pedimos para a ANVISA é ver como acontece a resposta dessa vacina em relação ao combate do Covid-19”, conta Ricardo. Também participaram desse estudo, os cientistas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Ezequiel Dias (FUNED).
Foto Destaque: Médica aplicando a vacina da Covid-19 em uma idosa/ Reprodução: G1/ Cristine Rochol/ PMPA