Vacinas e medicamentos são desperdiçados em depósitos do Ministério da Saúde

Mário Willians Por Mário Willians
3 min de leitura

Mais de 344 mil doses perdidas de vacinas contra a Covid-19 e outros medicamento foram desperdiçados em depósitos do Ministério da Saúde, acarretando em um prejuízo de R$ 243 milhões. A informação foi divulgada pelo Jornal Nacional dessa terça-feira (19), que voltou a exibir reportagem realizada no dia 14 de julho sobre a falta de medicamentos nas farmácias populares em várias cidades do Brasil. Segundo o JN muitos desses remédios perderam a validade.


Medicamentos são esquecidos em estoques do Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/Conselho Nacional de Saúde)


A reportagem entrevistou Vanessa, a paciente disse ter sintomas leves da dengue, mas não havia testes nos postos para confirmar a doença. “Não sei se foi a dengue, se foi chikugunya, se foi zika porquê não fiz exame”, afirma ela.

Pode ser que o remédio de Vanessa esteja entre os milhares depositados. Foram 45 mil kits de detecção da dengue vencidos em um dos estoques do Ministério da Saúde. São aproximadamente 22 milhões de itens que perderam a validade em centros de distribuição que ficaram em São Paulo e Rio de Janeiro, sem contar os danificados.

Vacinas vencidas totalizam 3,75 milhões de doses da pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra haemophilus, influenza tipo B; outras 2,75 milhões de unidades de spray usado no tratamento de diabetes; além de 88 mil ampolas de insulina; 4,16 milhões, de unidades de bactericidas, e de medicamentos para o tratamento de Aids.

Vale lembrar que em junho de 2020 foi publicado o decreto de lei 10.388, que institui no Brasil o sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares de uso humano vencidos ou em desuso, industrializados e manipulados e de suas embalagens após o descarte pelos consumidores, mais conhecido como “descarte correto de medicamentos”, de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). A partir do decreto, o prazo seria de dois anos para que cidades com população acima de 500 mil habitantes deveriam contar com pontos de coleta para medicamentos vencidos.

Com informações de O GLOBO. 

 

Foto Destaque: Medicamentos vencidos são adicionados em depósitos do Ministério da Saúde. Reprodução/Revista abrale

 

 

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