A África passa por uma endemia da varíola dos macacos. Isso acontece quando é uma doença que tem recorrência na região, mas sem aumento significativo do número de casos.
Mais de 40 países, onde a varíola não é endêmica, relataram surtos da doença que se espalha por contato próximo e, segundo o diretor interino da principal agência de saúde pública do continente, a África não tem vacinas para a varíola e os kits para teste estão em falta.
A África enfrenta escassez de testes da varíola dos macacos (Foto: Reprodução/Secretária Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul)
“Ambas essas ferramentas são realmente necessárias no continente. A varíola é uma emergência aqui no continente e pedimos a todos os nossos amigos e parceiros que se juntem a nós no controle deste surto“, disse Ahmed Ogwell, dos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), da África, em entrevista coletiva.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não colocou a varíola dos macacos como uma emergência de saúde global, mas o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, está preocupado com o surto na África.
Segundo levantamento da CNN, são 22 infecções confirmadas no Brasil. A secretaria estadual de saúde de Minas Gerais confirmou, na última quarta-feira (29), o primeiro caso no estado.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro ressaltou que, apesar da doença ter sido identificada pela primeira vez em macacos, esse surto não tem relação com os animais. São cinco casos positivos no estado, além de 26 suspeitos.
No Brasil, já são 22 casos da varíola dos macacos: 14 em São Paulo, cinco no Rio de Janeiro, dois no Rio Grande do Sul e um em Minas Gerais. E 28 casos que estão sendo investigados: Rio Grande do Sul (6), Ceará (4), Rio de Janeiro (4), Santa Catarina (1), Acre (3), Minas Gerais (3), Paraná (3), Distrito Federal (1), Espírito Santo (1), Rio Grande do Norte (1) e Goiás (1).
Foto de Destaque: O corpo contaminado pela varíola. Reprodução: OMS/Divulgação
