Vírus da herpes se torna novo tratamento para câncer avançado

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Submetidos ao tratamento com vírus modificado da herpes por período de 15 meses, os pacientes com diferentes formas de câncer tiveram desaparecimento completo do tumor ou estagnação no quadro clínico.

O estudo foi realizado por cientistas do Institute of Cancer Research da Universidade de Londres, e testou uma amostra modificada do vírus da herpes em pacientes com quadro cancerígeno terminal, e provou que ao ser submetido ao tratamento os tumores diminuíram, ou até sumiram completamente.

O professor Kristian Helin, executivo-chefe do Instituto, falou em comunicado sobre como a análise de um vírus que nos é associado naturalmente, pode ressignificar sua existência em conjunto da sociedade: “Os vírus são um dos inimigos mais antigos da humanidade, como todos vimos durante a pandemia. Mas nossa nova pesquisa sugere que podemos explorar alguns dos recursos que os tornam adversários desafiadores para infectar e matar células cancerígenas”.

O vírus usado pelos pesquisadores foi o RP2, da herpes simplex enfraquecido, e foi injetado no tumor dos 39 pacientes diagnosticados com câncer de esôfago, cabeça, pele e pescoço que se submeteram a experiência.


Reprodução digital do vírus da herpes injetado nos tumores durante o tratamento (Foto: Reprodução/Medicina y Salud Pública)


A ação do vírus modificado da herpes se dá atacando o câncer ao estimular o sistema imunológico a combatê-lo, eliminando as células responsáveis pela reprodução do tumor, ao se infiltrar dentro delas e desestabilizar sua estrutura.

Dos que concluíram o tratamento, um paciente que tinha câncer nas glândulas salivares, após 15 meses consecutivos de uso do método, teve o tumor totalmente eliminado permanente, enquanto um terço dos pacientes os tumores diminuíram ou interromperam o crescimento das células cancerígenas.

Uma variante da terapia utilizou um adicional de tratamento com a imunoterapia com nivolumab, seis dos trinta pacientes tiveram uma estagnação no aumento do tumor durante 14 meses, enquanto sete melhoraram consideravelmente sua situação clínica após a aplicação.

 

Foto destaque: Moça verificando a existencia de herpes bucal com as mãos sobre os lábios Reprodução/umComo

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