Cientistas geram pílula que faz o corpo sentir como se tivesse se exercitado

Após efeitos positivos em animais, a próxima parte é testar em humanos, a fim de apurar os resultados para possível uso como suplemento nutricional

Esther Feola Por Esther Feola
3 min de leitura
Foto destaque: Cientistas geram pílula que faz o corpo sentir como se tivesse se exercitado (Reprodução/Freepik/@freepik)

Foi desenvolvido na Dinamarca, na Universidade de Aarhus, uma molécula capaz de duplicar os efeitos metabólicos bons que os exercícios trazem para o corpo humano através do jejum e das atividades físicas.

Inicialmente, os cientistas realizaram experimentos com camundongos, e o resultado bem-sucedido foi publicado na revista científica “Journal of Agricultural and Food Chemistry”. Agora, os pesquisadores iniciam pesquisas para avaliar como o medicamento funcionaria com humanos.


Molécula gerada por cientistas pode aumentar a saciedade, sem necessidade de ingerir alimentos
Molécula gerada por cientistas pode aumentar a saciedade, sem necessidade de ingerir alimentos (Foto: reprodução/Pinterest/@freepik)

Funcionamento da molécula

Segundo Thomas Poulsen, professor do departamento de Química da universidade, a molécula criada coloca o corpo em um estado metabólico como se a pessoa tivesse corrido 10 quilômetros com o estômago vazio.

Os responsáveis por este trabalho dizem que exercícios e a restrição calórica são vinculados ao aumento da circulação de lactatos e cetonas no organismo, e sua função é como um combustível muito eficaz para as células, os que podem beneficiar o corpo como, por exemplo, diminuir o risco de se desenvolver síndrome metabólica.

Poulsen relata que tentaram o consumo de lactatos e cetonas por meio da alimentação, mas o resultado não foi positivo, pois subprodutos não desejados foram ingeridos, como o ácido e o sal. Por isso o foco em gerar uma molécula capaz de inserir as substâncias boas no organismo, sem os indesejados. Esse trabalho levou três anos, e o resultado levou o nome de “LaKe”.

Resultados da pesquisa

Nos camundongos, a molécula aumentou essas substâncias boas, e foi averiguado pelos cientistas níveis mais baixos de ácidos graxos livres, bem como acréscimo do hormônio que induz à saciedade.

O professor do departamento conta o resultado não foi uma surpresa para os cientistas, pois substâncias já conhecidas foram unidas. A novidade é ter gerado uma molécula capaz de controlar artificialmente as quantidades de lactato e cetonas de uma forma segura.

Se os estudos se provarem seguros para o uso humano, bem como sua eficácia, a LaKe deverá ser usada como suplemento nutricional avançado. Segundo os cientistas, o suplemento poderá ser utilizado por aqueles que não conseguem seguir um plano rígido de dieta e exercícios.

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