Dengue: casos da doença aumentam na Europa com previsão de piora nas Olimpíadas

Bettina Araujo Por Bettina Araujo
3 min de leitura

Em 2023, houve 130 casos da doença adquiridos localmente na União Europeia, um aumento referente ao número de 2022, que foi de 73 casos localmente. 

Os casos mais comuns de dengue no velho continente são os “casos importados” de pessoas que tiveram contato com a doença fora da Europa ou que entraram em contato com contaminados que vieram de viagens. 

Há uma estimativa de que, por conta das olimpíadas de Paris, com toda a movimentação internacional maior pela Europa, os “casos importados” da doença aumentem.

Paris, sede do próximo jogos olímpicos
(Foto: Reprodução/Alexander Spatari/Getty Images)


Aumento de casos de dengue nos últimos anos

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), os números mais que triplicaram de 2022 para 2023, e com os números dos primeiros meses de 2024, a expectativa é que os casos da doença aumentem ainda mais.

O mosquito que tem se tornado uma ameaça na Europa não é o mesmo que conhecemos no Brasil. O que vem transmitindo a dengue no hemisfério norte é o mosquito-tigre-asiático (Aedes albopictus), considerada a espécie de mosquito mais invasora do mundo.

Como o nosso Aedes aegypti, o Aedes albopictus também transmite chikungunya e zika, junto com a dengue. 

A dengue pode variar desde uma doença assintomática, mas pode ir evoluindo para infecções graves, podendo resultar na morte. 

A influência das mudanças climáticas no aumento de casos de dengue 

Os casos de aumento da doença, inclusive em países que não tinham costume, estão relacionados com as mudanças climáticas provenientes do aquecimento global. Essas mudanças criam condições favoráveis para a proliferação dos mosquitos tigre-asiáticos.

“A Europa já está vendo como as mudanças climáticas estão criando condições mais favoráveis para os mosquitos invasores se espalharem para regiões anteriormente não afetadas, e infectarem mais pessoas com doenças como a dengue”, informa Andrea Ammon, diretora do ECDC.

O ECDC aconselha as pessoas a tomarem precauções individuais com o intuito de diminuir a propagação dos mosquitos, como por exemplo eliminar água parada, fazer do uso de repelentes e instalarem telas em janelas e portas. 

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