As redes sociais têm tomado cada vez mais espaço na vida cotidiana da população e tendo sido ainda um fenômeno recente, seus impactos ainda são desconhecidos para muitos. Porém, essa situação parece estar mudando com um levante de cientistas que está fazendo uma conexão de perigo entre o mundo virtual e os impactos em adolescentes.
Estudo científico
Os cientistas querem considerar o vício em redes sociais que afligem diversos jovens ao redor do mundo, em um novo transtorno mental catalogado oficialmente. O objetivo é que a nova condição possa ser registrada nos órgãos da Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Após a publicação de um artigo científico na revista JAMA, que é parte da Associação Médica Americana, foram descritos critérios que possibilitam diagnosticar o transtorno de dependência de redes sociais por parte da população mais jovem. O estudo foi realizado em adolescentes da Universidade de Stony Brook, na cidade de Nova York.
Os estudiosos que participaram do trabalho acadêmico relataram que a situação é extremamente crítica, com uma grande quantidade de jovens apresentando o distúrbio patológico em redes sociais. Só nos Estados Unidos cerca de 95% da população adolescente apresenta problemas deste tipo de transtorno.
Medidas anteriores
Já foram expedidas medidas que tinham uma preocupação em relação ao vício nas plataformas digitais anteriormente. A OMS já havia publicado uma recomendação de que menores de 2 anos não deveriam ter acesso a dispositivos de internet, enquanto crianças de 2 a 4 anos deveriam no máximo ter uma hora supervisionada em frente às telas.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria mantém diretrizes semelhantes e sugere que crianças abaixo de 13 anos não criem perfis próprios em plataformas digitais, – esse limite já é uma legislação vigente nos Estados Unidos e em outros países -. Para adolescentes entre 13 e 17 anos, é aconselhável que o uso das redes sociais seja acompanhado por um responsável.