Mpox: Entenda como o vírus se transmite e quais são os grupos de maior risco

OMS declara emergência global enquanto cientistas investigam a nova cepa que está se espalhando rapidamente

Yasmin Souza Por Yasmin Souza
4 min de leitura
Foto destaque: Amostra positiva para vírus Mpox (antiga varíola dos macacos) — (Reprodução/bymuratdeniz/Getty Images embed)

No último mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o vírus Mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos, uma emergência sanitária global. O surto, que teve início em partes da África, especialmente na República Democrática do Congo, foi impulsionado por uma nova cepa do vírus. Casos também foram identificados na Suécia e na Tailândia, gerando preocupação mundial.

A disseminação rápida e as incertezas sobre os modos de transmissão têm gerado dúvidas. O vírus, que pode ser transmitido por contato íntimo e sexual, também pode se espalhar por superfícies contaminadas e contato com animais. Especialistas alertam sobre o risco para profissionais da saúde e pessoas em contato direto com infectados.

Modos de transmissão e contágio

De acordo com Rosamund Lewis — líder técnica da equipe de resposta ao Mpox da OMS — a forma como o vírus circula está em constante evolução. Embora o surto de 2022 tenha sido amplamente associado ao contato sexual, o Mpox também pode se espalhar por interações de pele a pele e objetos contaminados, como roupas de cama. As gotículas respiratórias e interações face a face prolongadas também são investigadas como possíveis vias de transmissão.


Em alguns casos, o uso de máscaras é recomendado para evitar a transmissão da monkeypox —
(Foto:Reprodução/Moment/Iryna Veklich/Getty Images Embed)


Até o momento, não há evidências de que pessoas assintomáticas possam espalhar o vírus. No entanto, especialistas acreditam que pessoas infectadas podem ser contagiosas dias antes de apresentarem sintomas.

Grupos de maior risco

Os grupos mais vulneráveis ao Mpox incluem profissionais da saúde, indivíduos que compartilham moradia com infectados e pessoas com múltiplos parceiros sexuais. O risco é especialmente alto na África Central, com destaque para a República Democrática do Congo. Além disso, crianças, pessoas imunocomprometidas e gestantes enfrentam maiores chances de desenvolver formas graves da doença.

Estudos indicam que o vírus pode ser mais perigoso para crianças, especialmente as menores de 15 anos, e para pessoas com HIV não tratado, que têm sistemas imunológicos debilitados. Embora a cepa mais recente ainda não tenha sido detectada nos Estados Unidos, a vigilância e a vacinação continuam sendo essenciais para controlar novos surtos.

Vacinação e prevenção

As autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação para grupos específicos. O CDC recomenda que homens que têm relações sexuais com homens, transgêneros e não binários sejam vacinados. O esquema vacinal prevê duas doses, e estudos mostram que a imunização pode reduzir significativamente o risco de infecção, mesmo que a proteção completa ainda esteja sob investigação.


Por enquanto, a melhor maneira de conter o surto e evitar novas infecções é garantir o acesso à vacina, especialmente nas áreas mais afetadas, como a África Central — (Foto:Reprodução/Getty Images)


Por enquanto, a melhor maneira de conter o surto e evitar novas infecções é garantir o acesso à vacina, especialmente nas áreas mais afetadas, como a África Central.

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