Não há detecção de nova cepa da mpox no Brasil, diz Ministra da Saúde

Iamara Lopes Por Iamara Lopes
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Foto destaque: “Não há detecção da doença em território nacional com essa nova cepa”, afirma Ministra da Saúde (Reprodução/ Smith Collection/Gado/Getty Images Embed)

Não há detecção da doença em território nacional com essa nova cepa”, afirma Nísia Trindade, Ministra da Saúde, nesta quinta-feira (15), sobre mpox. A declaração foi feita durante a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE-Mpox), responsável pelo centro de monitoramento e combate à doença. Segundo a ministra, o Brasil está no nível 1 da emergência com o vírus. 

Qual variante predomina no Brasil?

Desde que foi declarada a situação de emergência internacional em 2022, o Brasil registrou casos somente com a cepa 2. Não há detecção, até o momento, da nova variante do vírus, denominada 1B, em território nacional.

Ontem (14), a OMS anunciou que a mpox se tornou uma emergência de saúde pública, de interesse global. A nova variante do vírus se propagou rapidamente por 13 países africanos, sendo considerada a mais perigosa até o momento. Hoje (15), a Suécia confirmou o primeiro caso da variante 1 fora da África. Esse subtipo também é transmitido por relações sexuais.

Em 2024, no Brasil, foram notificados 709 casos de mpox e 16 mortes. A fim de prevenir novos problemas na saúde pública, o Ministério da Saúde convocou uma reunião para discutir o caso.


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Primeiro caso da nova variante fora da África (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornal da Band)

O primeiro caso foi registrado na cidade de São Paulo em 2022. Do início da epidemia até 2024, o Brasil registrou 12.215 casos da doença. O último registro de morte por mpox aconteceu em abril deste ano.

Sintomas da mpox

A mpox gera lesões agudas e com secreção, além de vesículas em diferentes áreas do corpo, concentradas especialmente nas genitais e na boca. O paciente também pode apresentar dores de cabeça e calafrios, assim como febre, dores no corpo, fraqueza e ínguas.

O COE-Mpox é responsável por intensificar a vigilância e controle da doença em território nacional, além de monitorar a situação epidemiológica do vírus, como medidas de orientação aos viajantes e coordenação de ações e respostas de combate.

Vacinas em breve

O Ministério da Saúde também está em negociação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para a aquisição emergencial de 25 mil doses de vacinas contra a doença. O grupo prioritário para a imunização são pessoas com HIV/AIDS e profissionais de laboratório.

Segundo um relatório técnico, as infecções estão concentradas em homens, sendo estes 98% dos pacientes e pessoas portadoras do vírus HIV. 

Transmissão e prevenção

Inicialmente chamada de varíola dos macacos e monkeypox (atualmente mpox), o vírus é transmitido por contato direto, pessoa a pessoa. Ou seja, o contato com a pele ou secreções do doente e a exposição prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias, podem infectar o indivíduo.

Crianças são mais propensas a sinais e sintomas mais graves da doença em comparação a adolescentes e adultos. Qualquer pessoa que tenha contato físico com alguém infectado está em risco. 

O agravante da doença na infância se dá pela fase de desenvolvimento característica da idade; o sistema imunológico, ainda imaturo, pode ter dificuldade para combater o vírus, agravando o quadro. O ideal é proteger as crianças do contato com pessoas suspeitas ou confirmadas para mpox. A higienização das mãos e a adesão à vacinação contra a doença também são medidas essenciais de combate ao vírus. 

Jornalista formada pela Universidade Cruzeiro do Sul e pós-graduanda em Jornalismo Investigativo. Leitora voraz, entusiasta de diferentes idiomas, documentarista, apaixonada por viagens, histórias e direitos humanos. Amo o jornalismo, independente do formato. Exploradora do universo dos blogs e agora newsletters.
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