Vacina contra o câncer começa a ser testada na Europa

Rafael Costa Por Rafael Costa
2 min de leitura
Foto destaque: seringa sendo preparada para a aplicação de uma vacina (reprodução/Unsplash/Mufid Majnun)

Pacientes de vários países da Europa, como Espanha, Alemanha, Bélgica e Reino Unido, participaram de uma série de testes para um novo tratamento, chamado de vacina personalizada.

O primeiro paciente a testar o novo tratamento foi o britânico Elliot Pfebve, de 55 anos, recebendo uma vacina para um câncer no colón. Ela terá como base a tecnologia usada na maioria das vacinas contra covid-19, o RNA Mensageiro (mRNA).

O Reino Unido, país no qual reside o primeiro paciente do estudo, teve até o momento 30 hospitais inscritos na plataforma de Lançamento de Vacinas contra o câncer. O objetivo é que a plataforma consiga ligar o paciente a um dos hospitais participantes.


Paciente recebe vacina contra câncer (Foto: reprodução/ Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido/ Instagram/ @uhbtrust)

O funcionamento da vacina personalizada

As vacinas contra o câncer têm visam algo diferente da vacina tradicional, uma vez que ela será desenvolvida com base em um diagnóstico. Porém, um ponto em comum entre os dois tipos de vacina é que ambas preparam o sistema imunológico para procurar um adversário, como câncer.

O primeiro paciente desse ensaio, Elliot, teve uma amostra de seu tumor enviada para a empresa BioNTech, na Alemanha, onde puderam observar até 20 mutações específicas de seu câncer. Com isso, os cientistas conseguiram desenvolver proteínas mutantes capazes de combater as células cancerígenas.

A principal função da vacina personalizada é combater quaisquer células cancerígenas a fim de evitar o ressurgimento do câncer.

Uma nova inovação para a área da saúde

A tecnologia de RNA Mensageiro sendo aplicada em tratamentos contra câncer pretende ser uma grande inovação no campo da saúde, embora os estudos ainda estejam em fase inicial. “Acho que esta é uma nova era. A ciência por trás disso faz sentido”, diz Victoria Kunene, uma das pesquisadoras do ensaio, ao jornalista Fergus Walsh, da BBC.

Entre os pesquisadores a esperança é que a vacina personalizada seja uma alternativa com menos danos colaterais que a quimioterapia.

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