Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, diz OMS

Brasil recebeu certificado de país livre da doença graças à vacinação

Isabella Grisolia Rouxinol Por Isabella Grisolia Rouxinol
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Foto Destaque: Vacina contra Sarampo (Reprodução/freepik)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que desde do ano 2000, vacinas contra o sarampo salvem cerca de cinco vidas por segundo. Neste ultimo domingo (17) foram divulgados dados sobre a doença, apontando que só em 2023 foram registrados 10,3 milhões de casos em todo o planeta, 20% a mais do que no ano de 2022.

Avaliação da OMS e dados da doença

A OMS avalia que a cobertura vacinal de forma inadequada é o que impulsiona o aumento de casos. O sarampo é evitado com duas doses, no entanto, mais de 22 milhões de crianças perderam a primeira dose em 2023, e estima-se que em todo o mundo, 83% delas receberam a primeira dose somente no ano passado, enquanto 74% receberam a segunda dose recomendada.

A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral, e está disponível de forma gratuita nos postos de saúde de todo o país. O Programa Nacional de Imunizações recomenda que vacina seja aplicada em duas doses, entre 12 e aos 15 meses de idade.

A OMS destaca ainda uma necessidade de cobertura vacinal de pelo menos 95% de ambas as doses em todos os países e territórios para prevenir epidemias e proteger a população contra um dos vírus humanos mais contagiosos do mundo. A vacina contra o sarampo salvou mais vidas nos últimos 50 anos do que qualquer outro imunizante já registrado.


Presidente Luiz Inácio lula da Silva e Ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima (Reprodução/Instagram/@nisiatrindadelima)

Alguns dos dados recentes divulgados mostram que em 2023 cerca de 107,5 mil pessoas, em sua maioria crianças de menos de 5 anos, morreram por conta da doença. A OMS ainda avaliou que esse número representa uma queda de 8% em relação ao ano de 2022, mas que mesmo assim é uma quantidade enorme de crianças morrendo em razão de uma doença que é evitável.

O sarampo pode causar efeitos graves para a saúde, principalmente em bebês e crianças, por existir maior risco de complicações graves, como a cegueira, pneumonia e encefalite, que é uma infecção que causa inchaço cerebral junto de danos cerebrais.

Brasil livre do sarampo

O Brasil recebeu esta semana da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de país livre do sarampo. O último registro da doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, aconteceu em junho de 2022, no estado do Amapá.


Brasil livre do Sarampo, com certificado da OPAS (Reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Os dados de arquivo da OMS mostram que entre os anos de 2018 e 2022 foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de sarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que confirmaram os casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo o último caso confirmado registrado no Amapá, com data de aparecimento do exantema (erupção cutânea) em 5 de junho.

Em 2024, o Brasil registrou dois casos confirmados, mas importados: um em janeiro, no Rio Grande do Sul, do Paquistão; e uma em agosto, em Minas Gerais, da Inglaterra.