A novela entre CBF e Carlo Ancelotti parece chegar ao fim — e sem final feliz para a seleção brasileira. Segundo os jornais espanhóis Marca e AS, o treinador italiano comunicou à confederação que não assumirá o comando da seleção. A reviravolta teria sido motivada por uma proposta milionária do futebol árabe.
O técnico do Real Madrid havia retomado as negociações iniciadas ainda em 2023 e era visto como o nome certo pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Segundo o Marca, Ancelotti conversou diretamente com Ednaldo por telefone para agradecer o interesse e comunicar sua decisão, surpreendendo os envolvidos na negociação.


Proposta saudita afasta Ancelotti da seleção
O nome do clube interessado não foi revelado, mas a proposta salarial seria de cerca de 50 milhões de euros anuais (R$ 321 milhões), valor muito acima dos 8 milhões de euros por ano (cerca de R$ 50 milhões) oferecidos pela CBF — nas mesmas bases da tentativa frustrada do ano passado.
Além da diferença financeira, o cronograma também dificultou o acerto. A CBF desejava que Ancelotti estivesse disponível já em maio, para a convocação e os jogos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa de 2026. No entanto, o técnico só poderia assumir o cargo em agosto, após o Mundial de Clubes da Fifa, o que inviabilizou o acordo.
Jorge Jesus ganha força nos bastidores
Com o recuo de Ancelotti, Jorge Jesus, atualmente no Al-Hilal, volta a ser cogitado como principal opção da CBF. Segundo o jornalista Diogo Dantas, o técnico português sempre esteve no radar da entidade e já manifestou interesse em dirigir a seleção.
A negociação, porém, não é simples. Assim como o Real Madrid, o Al-Hilal também disputará o Mundial de Clubes, o que pode dificultar sua liberação imediata — uma exigência da confederação, que pretende anunciar o novo treinador até o fim de maio.
Al-Hilal e disputa do Super Mundial de Clubes dificultam negociações com Jorge Jesus (Foto: reprodução/Yasser Bakhsh/Getty Images Embed)
A seleção brasileira está sem técnico desde a saída de Dorival Júnior, demitido após a goleada sofrida para a Argentina, há um mês. Confederação corre contra o tempo para anunciar seu novo comandante antes da próxima data FIFA.