Em duelo de titãs, Real Madrid e Arsenal se encontraram na tarde desta quarta-feira (16) para escrever a história na Champions League. O resultado na partida de ida, na Inglaterra, por 3×0 deu ao time inglês substância para chegar nesse jogo enorme. Já os “Blancos“, com dor de cabeça, buscavam a remontada. Porém, Arsenal elimina o Real Madrid após nova vitória e placar de 2×1. No agregado, a diferença ficou ainda maior 5×1 para os ingleses.
Era Ancelotti vive atualmente temporada altamente instável e sob pressão. Em Madri, não se falava outra coisa se não, a esperança pela remontada após derrota duramente impactante. Na semana passada, Declan Rice e Merino jogaram uma bomba sob a cabeça do técnico italiano vitorioso na Espanha.
Assim, o Arsenal chegou com os pés nas semifinais da Liga dos Campeões. Todos esses ingredientes e a presença de jogadores importantes no cenário global fizeram desta não uma simples quarta-feira, mas sim um dia histórico para esses dois clubes.
Escalações de pré-jogo
O time de Madri, veio para o jogo escalado assim por Ancelotti: Courtois; Valverde, Asencio, Rüdiger, Alaba; Tchouaméni, Valverde, Bellingham; Rodrygo, Mbappé, Vinicius Jr. Desta forma, repete-se a estratégia de tentativa de bolas longas de Valverde para os velocistas Vini Júnior, Rodrygo e Mbappé. Módric, ídolo histórico, começou no banco.
O time inglês, vem com: David Raya, Timber, Saliba, Kiwior, Lewis-Skelly. Thomas Partey, Ödegaard, Rice. Saka, Merino, Gabriel Martinelli. O time comandando por Arleta vêm disposto então num esquema de 4-3-3.
Desta, forma, os times subiram para o Santiago Bernabéu visando a conquista da orelhuda desse ano. A decisão do torneio está marcada para em Munique.
Primeiro tempo de contrastes e demora no VAR
O primeiro tempo começou a mil por hora. Com um minuto, Vini Jr. cruzou para Mbappé balançar a rede, mas o francês estava impedido. O Arsenal respondeu na mesma moeda: Saka foi o nome do jogo nos primeiros minutos, assustando Courtois com chutes perigosos e obrigando Alaba a uma entrada dura — amarelo cedo para o defensor. O Real tentava com seu tridente ofensivo, mas o Arsenal aproveitava os espaços no contra-ataque.
Aos 15, o VAR entrou em cena: pênalti marcado para os ingleses após Asensio agarrar Merino. Saka tentou de cavadinha, e Courtois brilhou com uma defesaça. O lance acordou o Real Madrid, que passou a pressionar com Rodrygo, Vini e Mbappé trocando passes rápidos. Veio outro pênalti, agora para os donos da casa, quando Rice puxou Mbappé na área. Depois de cinco minutos de análise e novela no VAR, o árbitro anulou tudo por impedimento.
O ritmo caiu nos minutos finais. O Arsenal perdeu chance em bola parada, e o Real seguiu tentando no abafa, mas sem sucesso. Fim de um primeiro tempo quente, com VAR protagonista e os goleiros segurando a barra. Um 0x0 emocionante e cheio de lances ofensivos para os dois lados em Madri.
Desesperado para a vitória o Ancelotti mandou jogadores aquecerem já no fim da primeira etapa. Carregando a bola Vinícius Júnior cavou uma falta que manteve o time no ataque. O árbitro assinalou sete minutos de acréscimo. Mas, o jogo termina sua primeira etapa sem gols, ainda que a emoção esteja em alta. Real Madrid sai de campo com o lucro de não ter a desvantagem ampliada naquele pênalti defendido por Courtois.
Segundo tempo: é matar ou morrer
O Real voltou do intervalo com a missão de buscar um milagre: precisava de três gols contra um Arsenal que não leva essa quantidade numa partida há 78 jogos. Sem mudanças nos times, o segundo tempo começou com Bellingham caindo na área — a torcida pediu pênalti, mas o juiz ignorou.
Aos 57, Rodrygo quase fez um gol olímpico, mas o goleiro salvou. No contra-ataque, o Arsenal assustou, e Asensio apareceu bem para cortar. Tentando mudar o jogo, Ancelotti mandou três: saíram Rodrygo, Alaba e Vázquez, entraram Endrick, Ceballos e Fran García.
Mas a resposta veio do outro lado. Saka, em lance genial, recebeu lançamento, viu Courtois adiantado e mandou por cobertura: golaço. Silêncio no Bernabéu e 1×0 Arsenal — 4×0 no agregado.
Mas o Real Madrid não é time de desistir. Na sequência do golaço de Saka, Vini Jr. tratou de responder: arrancou, clareou e marcou. Um gol que reacendeu a torcida e manteve o fio de esperança aceso. Tudo igual no jogo, 1×1 — mas ainda 4×1 para o Arsenal no agregado. Talento brasileiro botando fogo quando o cenário já parecia fechado.
Fim de jogo com mais um gol brasileiro
Depois do gol de Vini, Ancelotti foi para o tudo ou nada. Tirou o zagueiro Asensio para colocar Modric, ídolo e ex-melhor do mundo. Mbappé, apagado no jogo, deu lugar a Brahim Díaz. Últimas cartas na mesa. Saka saiu para entrar Trossard no time de Londres. Endrick tentou o gol de cabeça enquanto o Ödegaard tentava estocar contra-ataques do outro lado. Brasileiro tentava de um lado e Cortouis não tentava deixar que o placar agregado não aumentasse de outro.
No final de jogo, o Arsenal fez o gol da vitória e deu um golpe mortal com gol do brasileiro Martinelli. O time inglês vai gigante para a próxima fase.
Irretocável, Arsenal elimina Real Madrid e pega o PSG
Arsenal elimina o Real Madrid no Santiago Bernabéu e volta a semifinal da Liga dos Campeões após 16 temporadas. Time inglês pegará o PSG na próxima fase para decidir quem estará na grande final. Os dois times nunca foram campeões e tentarão título inédito. Barcelona e Inter de Milão fazem a outra semifinal.
Maior campeão fica no meio do caminho e precisará decidir seu futuro próximo com ou sem Ancelotti, desejado pela Seleção Brasileira. Time ainda disputa as finais da La Liga, da Super Copa do Rei e o novo Mundial de Clubes da FIFA em fim de temporada sem brilhar.