A edição de 2025 do Mundial de Clubes terá início neste sábado (14), reunindo 32 equipes dos cinco continentes. O torneio marca uma nova fase da competição, agora expandida em formato semelhante ao da Copa do Mundo de seleções. A estreia será acompanhada por grandes expectativas dentro e fora de campo, principalmente em relação à disparidade econômica entre os clubes participantes.
Com investimentos milionários em jogadores renomados e jovens promessas, as equipes europeias chegam ao torneio com elencos que se destacam amplamente em valor de mercado. A nova configuração da competição permite observar de forma mais clara as diferenças financeiras existentes entre os principais centros do futebol mundial.
Clubes europeus dominam o topo da lista dos elencos mais valiosos
Segundo levantamento divulgado às vésperas da competição, o Real Madrid e o Manchester City aparecem como líderes no ranking dos elencos mais valiosos do torneio. O time espanhol tem seu plantel avaliado em 1,33 bilhão de euros, seguido de perto pelos ingleses, com 1,31 bilhão de euros. Em terceiro lugar está o Paris Saint-Germain, da França, com 1,06 bilhão de euros.
A lista dos dez primeiros é completada por Chelsea (1,03 bilhão), Bayern de Munique (903,5 milhões), Inter de Milão (739,8 milhões), Juventus (631,7 milhões), Atlético de Madrid (508,5 milhões), Borussia Dortmund (477,9 milhões) e Benfica (363,5 milhões). Todos esses clubes pertencem à Europa, o que evidencia a concentração de recursos no continente.
Ainda entre os 15 primeiros colocados, aparecem os portugueses Porto (345,9 milhões) e o austríaco Red Bull Salzburg (175,5 milhões). Mesmo fora do top-10, essas equipes mantêm vantagem significativa sobre muitos concorrentes de outras regiões do planeta.
Brasil lidera fora da Europa e mostra força no cenário sul-americano
Entre os clubes de fora da Europa, os brasileiros se destacam no ranking de valores de elenco. O Palmeiras, com 252,5 milhões de euros, ocupa a 12ª posição, logo à frente do Flamengo, avaliado em 221,3 milhões. O Botafogo surge em 15º, com 163,2 milhões, e o Fluminense aparece na 19ª colocação, com 82,6 milhões de euros.
Esses números colocam os clubes brasileiros à frente de equipes tradicionais da América do Sul, como o River Plate (114,2 milhões) e o Boca Juniors (86,4 milhões), ambos da Argentina. Mesmo com um orçamento inferior ao dos europeus, os clubes do Brasil figuram entre os mais fortes financeiramente entre os países sul-americanos e demais continentes representados no torneio.
Diferença de investimentos evidencia desequilíbrio
O contraste entre os valores de mercado é um dos principais aspectos que chama atenção antes do início da competição. Enquanto os líderes do ranking possuem elencos que ultrapassam a casa do bilhão, alguns clubes participantes contam com investimentos modestos. O Auckland City, da Nova Zelândia, por exemplo, tem o elenco com menor valor de mercado entre os 32 times: apenas 4,5 milhões de euros.
Outros clubes com elencos mais enxutos são o Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul (14,9 milhões), o Wydad Casablanca, do Marrocos (18,2 milhões), e o Urawa Reds, do Japão (19,8 milhões). Mesmo entre os representantes da América do Norte, os valores são significativamente inferiores aos das potências europeias. O Inter Miami, dos Estados Unidos, por exemplo, tem elenco avaliado em 66,1 milhões de euros, apesar da presença de astros como Lionel Messi.
Expectativa gira em torno do desempenho em campo
Com a bola prestes a rolar, o foco se volta para o desempenho esportivo das equipes dentro das quatro linhas. Embora a disparidade financeira seja evidente, o torneio promete confrontos entre estilos diferentes de futebol e culturas diversas. A expectativa é de que, mesmo diante de realidades econômicas distintas, o Mundial de Clubes 2025 proporcione partidas equilibradas e surpresas durante sua realização.
A nova edição será um teste importante para o modelo ampliado da FIFA e também uma vitrine para o futebol de todos os continentes. O desempenho das equipes menos favorecidas financeiramente pode representar um desafio para a lógica do investimento como fator determinante no sucesso esportivo.