Jogadores do Fortaleza se pronunciaram sobre o episódio de violência ocorrido durante a partida contra o Colo-Colo, na noite desta quinta-feira (10), no Estádio Monumental, em Santiago. Dois torcedores do clube chileno perderam a vida após serem atropelados por um veículo da polícia, momentos antes do início do jogo, válido pela segunda rodada da Libertadores.
Desabafo dos jogadores
O atacante Marinho expressou sua revolta em um desabafo contundente:
“O que vimos ontem ultrapassa os limites do futebol. Que tipo de exemplo estamos dando ao mundo? Garrafas de vidro, moedas, sinalizadores sendo arremessados… até pedras? Onde vamos parar? O sentimento é de indignação. No ano passado, nosso ônibus foi alvo de um atentado e nada foi feito contra os culpados. Jogadores, torcedores, familiares com crianças. Todos estão expostos a uma verdadeira guerra. Não há segurança. Até onde isso vai?”, questionou.
Ele também lamentou as mortes: “Meus sentimentos às famílias dos jovens que faleceram ontem, ainda do lado de fora do estádio. É algo extremamente triste. Crianças perdendo a vida em um evento esportivo… Até quando isso vai continuar?”, completou.


O meia Lucas Sasha também comentou o ocorrido: “Um absurdo completo. Estamos em 2025 e ainda vivemos esse tipo de situação no futebol”, escreveu ele em sua rede social.


Acontecimento
Aos 24 minutos do segundo tempo, a partida precisou ser suspensa após torcedores do Colo-Colo invadirem o gramado. Os jogadores do Fortaleza correram em direção aos vestiários, enquanto os anfitriões tentavam acalmar a confusão.
A segurança do estádio foi acionada para conter a invasão, que ocorreu após a torcida tomar conhecimento da morte dos dois jovens torcedores, de 13 e 18 anos. A Conmebol ainda cogitou retomar a partida, mas acabou cancelando o jogo quase duas horas depois.
Agora, um comitê disciplinar da Conmebol irá avaliar se a partida será oficialmente anulada ou se haverá remarcação, devido à confusão generalizada.