O Papa Francisco, primeiro pontífice latino-americano e torcedor apaixonado do San Lorenzo, faleceu nesta segunda-feira aos 88 anos. Nascido em Buenos Aires, na Argentina, em 1936, se destacou pelo trabalho solidário durante a crise econômica de 2001.
Nascido com o nome de Jorge Mario Bergoglio, o pontífice nunca escondeu sua paixão pelo futebol, especialmente pelo San Lorenzo, tradicional clube da capital argentina. Aos 88 anos, Sua Santidade faleceu nesta segunda-feira (21), conforme comunicado oficial do Vaticano.
Torcedor do San Lorenzo
Sócio do San Lorenzo desde jovem (como mostra sua carteirinha de filiação), Francisco sempre foi um torcedor fervoroso. Em 1998, chegou a ser expulso do vestiário do clube pelo técnico Alfio Basile, que acreditava que a presença do então cardeal poderia trazer azar ao time — mesmo com sua tradição de benzer os jogadores antes das partidas.
Curiosamente, em 2013, ano em que Bergoglio foi eleito Papa, o San Lorenzo quebrou um jejum de seis anos e conquistou um título nacional. No ano seguinte, venceu pela primeira vez a Copa Libertadores. Muitos torcedores passaram a atribuir os feitos a uma ajudinha divina do novo e ilustre torcedor.
Em 2023, durante uma entrevista à emissora italiana RAI, o Papa foi questionado sobre quem escolheria entre os dois grandes ídolos do futebol argentino: Maradona ou Messi.
— Eu colocaria um terceiro: Pelé. São os três que acompanhei. Maradona, como jogador, foi um grande, um grande. Mas, como homem, falhou.
Messi é corretíssimo. É um senhor. Mas, para mim, o senhor é o Pelé.” Papa Francisco
O pontífice relembrou ainda um encontro especial com Pelé, ocorrido em um voo para Buenos Aires:
— Conversamos. É um homem de uma humanidade muito grande. Mas os três são grandes.” Papa Francisco
Carinho muito grande por Diego Maradona
Papa Francisco e Diego Maradona (Foto: reprodução/ Pier Marco Tacca/Getty Images Embed)
Na mesma entrevista, Francisco falou com carinho sobre Diego Maradona, destacando o encontro que tiveram em seu primeiro ano de pontificado, mas também lamentou os problemas enfrentados pelo craque fora dos gramados:
— O coitado escorregou na corte daqueles que o bajulavam, mas não o ajudavam. Depois, infelizmente, teve seu fim. É curioso como tantos esportistas acabam mal. Também no boxe, muitos terminam mal. É algo a se pensar — refletiu o papa.
Durante os 12 anos à frente da Igreja Católica, Francisco recebeu diversos atletas e clubes brasileiros no Vaticano, ganhando camisas, bolas e outros presentes. Sua conexão com o esporte — e com seus valores de união, esforço e superação — sempre foi uma marca de seu papado.