Edu Guedes não terá que fazer quimioterapia nem radioterapia, de acordo com informações divulgadas pela assessoria de comunicação do chef de cozinha. A equipe informa que haverá algumas mudanças na rotina de Edu, incluindo uma dieta específica, mas que ele não precisará passar por esses tratamentos.
A oncologista Maria Cecília Mathias, em entrevista à Quem, explica que pacientes que retiram parte do pâncreas precisam adotar uma nova dieta, uma vez que esse órgão “tem papel fundamental na digestão e no controle da glicose”. Logo, a dieta envolve a “redução de alimentos gordurosos, suplementação com enzimas pancreáticas, se necessário para ajudar na digestão”, diz Maria. Algumas mudanças também são recomendadas, como monitoramento da glicemia, atividade física regular, alimentação mais fracionada e leve.
Câncer no Pâncreas
O chef de cozinha, casado com Ana Hickmann, passou por quatro cirurgias no período de 15 dias, uma delas foi para remover parte do pâncreas após a localização de um tumor na cauda do órgão. Internado por causa de uma crise renal, os médicos detectaram precocemente a presença do tumor.
A cirurgia foi o suficiente
Segundo a oncologista, a depender do tipo do tumor, estágio da doença e de como a cirurgia é feita, ela pode ser o suficiente para retirada de todas as células tumorais.
O diagnóstico precoce do tumor, possibilita que por meio da cirurgia seja possível remover totalmente a doença. Isso acontece porque quando detectado no estágio inicial, o tumor pode ter um comportamento biológico mais lento e não causa uma invasão linfonodal, a partir disso, a equipe médica “pode optar por não fazer quimioterapia ou radioterapia”, diz Mathias.
A decisão de não fazer quimioterapia ou radioterapia envolve diversos critérios, como “o tipo de tumor no pâncreas (nem todos são iguais) e grau do tumor, se havia ou não linfonodos comprometidos, a extensão da cirurgia e o estado geral do paciente”, comenta a oncologista em entrevista à Quem.
Maria conclui que a ausência desses tratamentos pode dizer que o caso foi tratado de “forma personalizada, de acordo com as melhores evidências” e não que o caso foi “menos sério”. Ela alerta que ainda que o paciente esteja sem evidência da doença, “o acompanhamento é fundamental, porque o risco de recidiva existe”.
