Justiça dos EUA condena ex-assessor de Trump a quatro meses de prisão por desacato ao Congresso 

Nesta quinta-feira (25), o ex-assessor do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Peter Navarro, foi sentenciado a quatro meses de prisão e multado em U$ 9.500 por desacato ao Congresso, durante a investigação do ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021, que Navarro se recusou a cooperar com o Congresso. Advogados de Peter entraram com ação pedindo liberdade condicional e prometeram levar o caso para o Supremo Tribunal Federal. 

Fidelidade a Trump 

Os promotores federais de Washington, acharam insuficientes os quatro meses decretado pela justiça e pediram ao juiz federam Amit Mehta a sentença de seis messes a Peter, alegando que ele deu prioridade em ser leal a Trump em detrimento ao Estado de direito. 

Os advogados do ex-assessor, John Rowley e Stanley Woodward, dizem que Peter, na época, acreditava que não era necessário cooperar com o Congresso, pois acreditava genuinamente que Donald Trump tinha invocado o privilégio executivo, cujo objetivo é resguardar algumas comunicações e registros presidenciais da Casa Branca em sigilo. 


Peter Navarro e Donald Trump na Casa Branca em abril de 2020 (foto: reprodução/Jabin Botsford/The Washington Post)

Relembre o caso 

Em fevereiro de 2022, Navarro foi intimado a se apresentar na Câmara dos Representantes para entregas os e-mails e documentos solicitados para a investigação, mas ele não apareceu e justificou que Trump o instruiu a invocar o privilégio executivo. O juiz determinou que não havia provas que Trump o havia solicitado e que Peter não podia ignorar uma convocação do comitê. Em setembro do ano passado, o ex-assessor de 74 anos foi considerado culpado pelos 12 membros do júri após quatro horas de julgamento por duas acusações de ter desrespeitado o Congresso. 

Donald Trump e Nikki Haley disputam New Hampshire pelo Republicano

Na corrida eleitoral pela presidência da República nos Estados Unidos, Donald Trump e Nikki Haley disputam a candidatura pelo Partido Republicano, após desistência de Ron DeSantis neste último domingo (21). Nesta terça-feira (23), os dois disputam o estado de New Hampshire, no nordeste do país.

Desistência de DeSantis

Com 30 pontos percentuais atrás de Trump nas prévias de Iowa, que aconteceu na segunda-feira (15), Ron DeSantis desistiu da pré-candidatura e anunciou apoio ao ex-presidente. DeSantis é governador da Flórida, e era o principal adversário de Trump no partido. Com a desistência de mais um candidato, agora Donald Trump e a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, devem se enfrentar cara a cara.

Donald Trump x Nikki Haley

Trump é o favorito entre os republicanos, mas Nikki Haley é popular entre os republicanos que reprovam Trump. Nesta terça-feira (23), os dois se enfrentam nas prévias de New Hampshire, e o resultado será decisivo. De acordo com informações divulgadas pela Associated Press, até às 14:57 (horário de Brasília) Donald Trump estava à frente, com 20 delegados, enquanto Haley estava com 8. Porém, eram necessários o voto de mais de 1000 delegados para encerrar a votação.



Candidata determinada

Em entrevista para a CNN, a pré-candidata disse que permanecerá na disputa contra Trump após o resultado das prévias de hoje, e não indicou um número que consideraria satisfatório. Nikki Haley esclareceu: “O que sempre tive em mente é que quero ser mais forte do que [fui nas votações de] Iowa. E então, na Carolina do Sul, quero ser mais forte”. Haley também disse não se intimidar com os comentários de Donald Trump, ressaltando o seu sucesso até então. A pré-candidata vê na Carolina do Sul, estado em que governou, como sua maior chance de ser lançada como candidata à presidência pelo Partido Republicano.

Donald Trump sai na frente de Nikki Haley em nova pesquisa pela primária presidencial

Donald Trump amplia sua vantagem sobre Nikki Haley na corrida pela primária desta terça-feira (23), de acordo com uma pesquisa divulgada pela CNN. O ex-presidente ostenta 50% de apoio entre os potenciais eleitores republicanos nas primárias de New Hampshire, em comparação com os 39% da ex-governadora da Carolina do Sul.

Nova pesquisa feita pela CNN

A competição pelas primárias presidenciais republicanas no “Granite State” parece estar sob o domínio de Trump, conforme indicado em uma nova pesquisa da CNN realizada pela Universidade de New Hampshire (UNH) após sua vitória por uma margem de 30 pontos nas prévias de Iowa na semana passada.

Ambos os candidatos viram um aumento de apoio desde a última pesquisa da CNN/UNH no início de janeiro, quando Trump mantinha 39% em comparação com os 32% de Haley, enquanto o campo de principais concorrentes diminuía. Tanto Trump quanto Haley agora alcançam o nível mais alto de apoio registrado nas pesquisas da UNH desde 2021.

No entanto, os ganhos significativos da Haley desde o final do verão passado não foram suficientes para alcançar Trump, e a diferença entre eles aumentou novamente para dois dígitos. O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou no domingo que está encerrando sua candidatura à Casa Branca e dando apoio ao ex-presidente.


Nikki Haley e Donald Trump (Foto: reprodução/Bryan Snyder/Mike Segar)

Ele obteve apenas 6% na pesquisa, abaixo do mínimo de 10% de apoio necessário para conquistar delegados, conforme estipulado pelas regras do Partido Republicano. Para aqueles que se opõem a Trump, New Hampshire sempre pareceu ser o local inicial do calendário das primárias com a melhor chance de desviá-lo de sua busca pela terceira indicação presidencial consecutiva do Partido Republicano.

Foi o único estado onde as pesquisas consistentemente mostraram Trump sem apoio majoritário, e os eleitores frequentemente demonstraram mais abertura para seus oponentes. No entanto, está última pesquisa sugere que a popularidade de Trump dentro da base republicana e o engajamento de seus apoiadores superam o apelo de seus rivais.

A características independente tradicional de New Hampshire e o grupo mais moderado de potenciais eleitores nas primárias, em comparação com outros estados que realizam suas disputas de nomeação antes da “superterça”, são fatores que levaram alguns oponentes de Trump a se concentrarem no estado para se destacar. A pesquisa online da CNN em New Hampshire foi realizada de 16 a 19 de janeiro pelo Centro de Pesquisa da Universidade de New Hampshire.

Republicanos x Democratas

Os resultados da amostra completa, composta por 2.348 adultos de New Hampshire, extraídos de um painel baseado em probabilidade, têm uma margem de erro amostral de aproximadamente dois pontos percentuais. Os resultados entre 1.210 potenciais eleitores republicanos nas primárias têm uma margem de erro de cerca de 2,8 pontos percentuais. Os resultados entre os 838 potenciais eleitores democratas nas primárias têm uma margem de erro de cerca de 3,5 pontos percentuais.