A China, que já teve suas ruas tomadas por bicicletas e veículos estrangeiros, vive hoje uma transformação inédita em sua indústria automotiva. Em menos de três décadas, o país construiu uma indústria tecnológica sólida e acelerou a transição para veículos elétricos, autônomos e, mais recentemente, voadores. Impulsionada pelo apoio estatal, a China viu surgir mais de 100 montadoras próprias, consolidando seu protagonismo em inovação e acesso no setor automotivo.
China acelera e vira referência em inovação automotiva
Nos últimos anos, os carros chineses deixaram de ser vistos como cópias e passaram a ditar tendências. Graças a altos investimentos, passaram a ser lançados veículos com telas touch, comandos por voz, bancos com massagem e estilos exclusivos. Na Feira do Automóvel de Xangai, esses avanços têm chamado a atenção e impressionado o setor automotivo mundial.
Publicação de Auto News TV (Foto: reprodução/Instagram/@autonewstv)
Além disso, a infraestrutura elétrica foi expandida em ritmo acelerado. Já existem 11 milhões de carregadores no país, entre públicos e residenciais, número muito superior ao dos Estados Unidos. Essa base sólida tem sustentado o crescimento das vendas de veículos eletrificados em todo o território chinês.
O avanço foi impulsionado por uma política industrial estratégica, que priorizou a produção local de chips, baterias e motores. Dessa forma, as montadoras chinesas conquistaram independência tecnológica e reduziram custos significativamente.
Carros voadores e táxis autônomos viram realidade na China
Os testes e a fase inicial de operação dos carros voadores já foram iniciados. Em Cantão, uma empresa foi autorizada a iniciar os voos com passageiros, e outras três montadoras estatais aguardam aprovação. O objetivo traçado é ousado, alcançar cem mil carros voadores em circulação nos céus da China até o ano de 2030.
Enquanto isso, cidades como Wuhan já adotaram robotáxis totalmente autônomos. Chamados via aplicativo, esses carros não possuem motorista e são ativados por comandos de voz. O custo de fabricação também impressiona, apenas 27 mil dólares por unidade, enquanto modelos similares dos EUA ultrapassam 200 mil. A mobilidade urbana foi, portanto, reinventada.
