ONU alerta sobre impacto da IA em empregos no mundo todo

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que o mercado mundial de inteligência artificial (IA) deve atingir 4,8 trilhões de dólares (cerca de R$ 27 trilhões) até 2033. A ONU sinalizou que quase metade dos empregos globais podem ser afetados. A IA, apesar de alavancar economias, também apresenta riscos nocivos de favorecimento de desigualdades. A ONU Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) explicou isso em novo relatório.

De acordo com o documento, a utilização da inteligência artificial, apesar de gerar ganhos de produtividade, tem a capacidade de afetar 40% dos empregos no mundo e traz preocupações sobre a automação e a perda de vagas de trabalho. À medida que ondas tecnológicas anteriores afetaram principalmente a classe operária, a UNCTAD salienta que com a IA, empregos que envolvem tarefas cognitivas estão mais propensos a sofrerem impactos

IA e tecnologia no futuro

Isso significa que a força de trabalho de economias maiores sofrerá, majoritariamente, mais consequências. No entanto, estas economias têm mais vantagem para aproveitar os benefícios da IA do que as emergentes. A ONU ainda afirma que a situação é parecida no caso da IA generativa. No entanto, de acordo com o relatório, a IA generativa “poderia oferecer um potencial maior de aumento da mão de obra do que a automação, especialmente em países de rendas baixa e média”.


O ChatGPT é uma das principais inteligências artificiais generativas (Foto: reprodução/Lionel Bonaventure/Getty Images Embed) 


Favorecimento do capital

A UNCTAD avalia que as vantagens da automação impulsionada pela inteligência artificial tendem a favorecer o capital em detrimento da mão de obra, o que pode “aumentar a desigualdade e reduzir a vantagem competitiva da mão de obra barata nas economias em desenvolvimento”.

 Rebeca Grynspan, secretária-geral da ONU Comércio e Desenvolvimento, solicita em nota, maior cooperação internacional para “desviar a atenção da tecnologia para as pessoas, permitindo aos países criarem conjuntamente um marco mundial de inteligência artificial” para que seu potencial seja explorado de forma que priorize o desenvolvimento sustentável. “A história demonstra que, embora o avanço tecnológico seja o motor do crescimento, por si só não pode garantir uma distribuição equitativa da renda, nem promover um desenvolvimento humano inclusivo”, aconselhou Grynspan no relatório.

Mercado tecnológico

As tecnologias avançadas representaram um mercado de 2,5 trilhões de dólares em 2023 (cerca de R$ 12 trilhões na cotação da época). É esperado que este valor seja seis vezes maior até 2033 e atinja US$ 16,4 trilhões (aproximadamente R$ 93 trilhões na atual cotação) de acordo com o relatório da ONU. A IA irá liderar o ranking deste mercado, com o valor de 4,8 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 27 trilhões), o que equivale aproximadamente à economia da Alemanha.

O relatório indica que os benefícios se concentrarão em poucas economias. 100 companhias, a maioria dos EUA e China, representam 40% dos gastos globais em pesquisa e desenvolvimento. O documento também afirma que o Brasil, China, Índia e Filipinas são os países emergentes com os melhores resultados quando se trata da preparação tecnológica.

A UNCTAD ressalta que a inteligência artificial é capaz de criar novas indústrias e dar autonomia aos trabalhadores “Investir em reciclagem, melhoria das qualificações e adaptação da mão de obra é essencial para garantir que a IA melhore as oportunidades de emprego ao invés de eliminá-las”, avalia o informe.

Agentes europeus e internacionais estão envolvidos nas tentativas de estabelecer uma governança da IA. A ONU, no entanto, lamenta que diversos países do sul global estejam de fora desses debates. “À medida que a regulação da IA e os marcos éticos tomam forma, os países em desenvolvimento devem ter um lugar na mesa para garantir que a IA sirva ao progresso global, não só aos interesses de alguns poucos”, declara a UNCTAD.

ChatGPT consome muita água para produzir respostas e imagens

A Inteligência Artificial tem sido um dos principais tópicos de discussões e pesquisas, tanto no mundo profissional, quanto no mundo pessoal. Diversas pessoas estão utilizando estas ferramentas para realizar diversas atividades. Este uso constante está causando um número elevado de litros de água, usados no resfriamento das máquinas necessárias para processarem e aprenderem. Isso gera debates sobre a sustentabilidade relacionados com o uso excessivo de recursos naturais.

O uso de água pela IA

Recentemente, surgiu uma moda na Internet, que tem feito vários usuários utilizarem o ChatGPT: transformar fotos em imagens com um estilo de animação semelhante às animações do Studio Ghibli, uma famosa produtora de filmes animados japoneses, que inclusive já chegaram até a ganhar prêmios do Oscar por algumas de suas produções. Essa trend tem causado muitos acessos e principalmente muitos comandos feitos ao ChatGPT. Esse grande número de acessos faz com que seja necessário mais processamento da ferramenta de IA, o que impacta diretamente no consumo de água.


Mulher segurando celular com foto transformada em estilo do Studio Ghibli (Foto: reprodução/MANAN VATSYAYANA/AFP/Getty Images Embed)


A água é utilizada por empresas de Inteligência Artificial, especialmente a OpenAI, para realizar o resfriamento dos aparelhos que estão ativos e trabalhando para aprimorar e ensinar ao ChatGPT, já que trabalham 24 horas por dia e consomem muita energia. Esse consumo de água acaba sendo muito alto, sendo utilizados cerca de 500ml a cada 20 a 50 perguntas. O consumo para a geração de imagens é ainda maior, pois para gerar uma imagem, o sistema processa um valor de comando equivalente a 20 perguntas. Essas informações vêm de uma pesquisa das universidades de Colorado Riverside e da Texas Arlington, que foi divulgada no final de março.

A Nina da Hora, especialista em IA, afirma que esse problema não é algo exclusivo da OpenAI, mas sim de qualquer empresa que oferece serviço de IA generativa. Ferramentas como Midjourney, DALL·E, entre outras, consomem vários recursos computacionais, a cada vez que uma requisição é feita, e isso impacta diretamente a quantidade de água utilizada para fazer o resfriamento.

No auge dessa nova tendência de geração de imagens, a OpenAI revelou que 1 milhão de usuários acessaram a plataforma em apenas uma hora, gerando 3 milhões de imagens em apenas um dia. É possível calcular, então que apenas nessa ocasião, o gasto de água já foi de aproximadamente 75 mil litros em um tempo de somente 60 minutos.

O impacto da água na IA

É estimado que até 2027, a demanda da IA, ao redor do mundo, cause entre 4,2 a 6,6 bilhões de metros cúbicos de captação de água. Isso equivale à retirada total de água de quatro a seis Dinamarcas o metade do Reino Unido.


Logo do ChatGPT em tela de celular (Foto: reprodução/Abdullah Guclu/Anadolu/Getty Images Embed)


Isso é preocupante, já que a escassez de água doce se tornou um dos desafios mais urgentes da atualidade. Para responder aos desafios hídricos globais, a IA pode e deve assumir responsabilidade social, dando o exemplo ao abordar sua própria pegada hídrica.”, dizem os cientistas responsáveis pela pesquisa.

O professor e especialista em IA, Adilson Batista, diz que análises mais profundas, sobre os impactos do uso de água para a IA, são limitadas pela falta de transparência das empresas. Há pouca divulgação sobre os dados e informações do consumo de água e energia, o que dificulta nas pesquisas e estudos sobre métodos sustentáveis, que causariam um impacto mais positivo no meio ambiente.

Medidas para consumo sustentável

As universidades dos EUA, que fizeram a pesquisa, ainda sugeriram métodos para reduzir o consumo de água como o desenvolvimento de sistemas de resfriamento mais eficientes, mover os data centers para lugares mais frios e a utilização de tecnologias alternativas que consigam reduzir a necessidade de água.


Aplicativo e site do ChatGPT, em telas de um celular e um laptop, respectivamente (Foto: reprodução/JUSTIN TALLIS/AFP/Getty Images Embed)


Também é uma alternativa, o agendamento estratégico de aprendizado da IA, para não sobrecarregar o sistema.

Giovanna Ewbank faz alerta sobre vídeo manipulado por inteligência artificial

Nesta segunda-feira (24), a atriz e modelo Giovanna Ewbank utilizou o Instagram para alertar seus seguidores sobre um vídeo falso que estava circulando na internet com a sua imagem. No conteúdo manipulado por inteligência artificial, a modelo fazia publicidade de um procedimento estético.

No seu pronunciamento, Ewbank ressaltou que não havia dito nada que estava no vídeo e informou que não era a primeira vez que ela era vítima desse golpe.

“Por mais que pareça, galera, não sou eu. É inteligência artificial. Essa não é a primeira vez que isso acontece comigo, já aconteceram diversas outras vezes. Não sou a primeira e nem a última que vai passar por isso, infelizmente”

Giovanna.

A modelo salientou a importância de pesquisar informações sobre a empresa que está divulgando produtos na internet e também verificar se a mercadoria está sendo comercializada em redes seguras.


Giovanna Ewbank alertando sobre golpe (Vídeo: reprodução/Instagram/@gioewbank)


Deep fakes

Além de Giovanna Ewbank, muitas celebridades também foram vítimas de deep fakes, técnica que consiste em criar vídeos e áudios falsos que simulam a aparência ou voz de pessoas reais, para promover produtos inexistentes ou jogos de azar.

O apresentador Pedro Bial, por exemplo, teve que se pronunciar nas redes sociais após um suposto vídeo seu divulgando remédio para calvície viralizar. Na ocasião, o jornalista informou que tentou denunciar o vídeo nos canais do Meta, mas não obteve respostas.

O Marcos Mion também foi uma das vítimas famosas do deep fake. No conteúdo gerado por inteligência artificial, o apresentador divulgava a cura para o autismo.

Apesar dos inúmeros problemas, no Brasil, o uso de IA ainda não foi regulamentado.

Giovanna defende sua filha

Recentemente, Giovanna Ewbank foi a redes sociais para defender sua filha Titi, de 11 anos, após críticas relacionadas às tranças da jovem. Internautas comentaram que Giovanna deveria procurar outra trancista para filha, já que suas tranças estavam muito folgadas.

A modelo explicou que o cabelo de Titi era tratado por profissionais confiáveis tanto no Rio de Janeiro, como em São Paulo e que sua filha não gostava de tranças apertadas.

Conheça o PetPhone, smartphone para animais de estimação

Durante o MWC (Congresso Mundial de Dispositivos Móveis) 2025, grande evento para que empresas de tecnologia apresentem seus lançamentos, a empresa chinesa GlocalMe introduziu o PetPhone, o primeiro smartphone para animais de estimação, que promete revolucionar o modo de cuidar de nossos amigos de quatro patas.


Vídeo lançamento e informativo do PetPhone (Vídeo: Reprodução/YouTube/@Glocalme)

O dispositivo do PetPhone

O dispositivo é acoplado à coleira do pet, garantindo uma conexão instantânea com o tutor, graças a sua conexão bluetooth, que ainda acompanha Wi-Fi e GPS, possibilitando que sejam transmitidos comandos para interagir ou acalmar-se, por exemplo.

Através de Inteligência Artificial, o PetPhone consegue ainda detectar miados ou latidos agitados, e notificar o tutor rapidamente pelo aplicativo.

O aplicativo do PetPhone

Falando nele, o aplicativo permite gravações de voz, as quais podem ser tocadas automaticamente quando o animal de estimação estiver agitado. É possível também ligar ao vivo para o animalzinho, graças ao auto falantes acoplados que, segundo a GlocalMe, não prejudica a audição dos bichinhos.

A fim de localizar o companheiro de quatro patas, o dispositivo conta com emissão de sons e luzes, além de apresentar uma função de limitação geográfica, notificando o dono caso o animal de estimação ultrapasse o limite estipulado.

Demais funcionalidades

Além de ser a prova d’água, o PetPhone consegue tocar músicas para os bichinhos, além de monitorar suas atividades físicas, mostrando suas rotas de corrida e gasto calórico, por exemplo. Os tutores podem também comunicar-se uns com os outros, por meio de uma rede social própria do PetPhone.

Apesar de não ter sido informado valores ou datas para o lançamento do produto, a GlocalMe acredita que a previsão para que o aparelho seja encontrado no mercado, é para o segundo semestre deste ano.

MWC 2025

O Congresso Mundial de Dispositivos Móveis é um evento anual que ocorre na Espanha há 38 anos, promovido pela GSM Association (GSMA), associação representativa dos principais operadores e fabricantes de telefonia móvel.

Seu objetivo é discutir o futuro da tecnologia, e dar palco para que empresas consigam contar e apresentar suas novas ideias, assim como  lançamentos das grandes marcas do setor.

Amazon Prime Video testa dublagem feita por IA em obras de seu catálogo

O Amazon Prime Video começou um projeto de dublagem realizada por Inteligência Artificial em algumas produções de seu catálogo. A dublagem vai atingir inicialmente 12 conteúdos e será feita por IA e revisada por pessoas.

O projeto

O Prime Video, da Amazon, iniciou um projeto onde 12 projetos de seu catálogo, incluindo filmes e séries, serão traduzidos e dublados por Inteligência Artificial, para os idiomas de inglês e espanhol. Essa dublagem só será feita para produções licenciadas e que não possuem suporte para dublagem. Esta ação começou nesta quarta-feira (5), e visa tornar o conteúdo da plataforma mais acessível e aumentar o seu público.


Painel de Inteligência Artificial no Mobile World Congress, em Barcelona, Espanha (Foto: reprodução/Cesc Maymo/Getty Images Embed)


A tecnologia em questão está atualmente disponível para 12 produções, entre elas, “El Cid: La Leyenda”, “Mi Mamá Lora” e Long Lost. O sistema para dublagem inclui a própria dublagem feita por IA e também uma revisão humana, para garantir que as interpretações sejam boas e naturais.

A expansão da IA

A Inteligência Artificial tem sido um tema muito discutido no mundo atual. O aprimoramento de tecnologias, ao ponto de que elas conseguem realizar as mesmas funções de seres humanos, com grande precisão, as torna um utensílio extremamente útil, porém extremamente perigoso ao mesmo tempo, já que muitas funções desempenhadas por seres humanos, no futuro serão obsoletas, com a evolução da IA. Por isso muitas pessoas, que desempenham diferentes funções no mercado de trabalho, principalmente os artistas, fazem movimentos e greves contra o avanço da inteligência artificial, para que assim possam manter seus empregos e não serem substituídos por algo artificial e programado.


Um letreiro iluminado de IA no Mobile World Congress, em Barcelona, Espanha (Foto: reprodução/Cesc Maymo/Getty Images Embed)


No entanto, diversas empresas continuam investindo no avanço da Inteligência Artificial, buscando cada vez mais avanços e facilitadores no trabalho. Segundo Raf Soltanovich, vice-presidente de tecnologia do Prime Video e da Amazon MGM Studios, a empresa quer aprimorar a experiência dos usuários e inovar com práticas baseadas em IA. A plataforma, que conta com mais de 200 milhões de usuários ao redor do mundo, já possui ferramentas para facilitar o consumo de produções audiovisuais, como legendas e descrições de áudio.

Então, a adição da dublagem feita por IA pode ser mais uma maneira de gerar acessibilidade para seu público. Por enquanto ainda não há uma previsão de expansão desta tecnologia para outras obras, porém a empresa continua avaliando resultados para tomar as próximas decisões em relação a esse recurso.

Além da Prime Video, outras plataformas de streaming também utilizam a IA para dublar seus conteúdos, como a Paramount, que utiliza da IA para traduzir conteúdos em diferentes idiomas e o YouTube, que lançou um recurso de dublagem automática, para que seus criadores de conteúdo possam dublar seus vídeos em outros idiomas.

Escaneamento de íris é suspenso no Brasil

O projeto World, que tem por objetivo escanear a íris humana para registro e criação de identidade digital, será suspenso no Brasil temporariamente. O comunicado ocorreu nesta terça-feira (11), após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) ter mantido a negativa dos pagamentos que ocorriam em troca do escaneamento da íris.

Parte da ação da empresa Tools for Humanity (TFH), o projeto World foi lançado nacionalmente em novembro do ano passado. A empresa nunca forneceu mais informações sobre o objetivo do escaneamento, muito menos sobre quaisquer protocolos de segurança; apenas que seria gerado uma identidade global para diferenciar os humanos de inteligências artificiais.

Como o escaneamento da íris funciona

É feito um cadastro através do aplicativo da World, no qual é indicado onde o procedimento acontecerá. No local, é apresentado um vídeo com informações rasas sobre o que será feito, sem explicar de fato o que será realizado, e o que será feito com esse dado tão único e precioso.

Após a apresentação, as pessoas se enfileiram para utilizar um dispositivo em formato de uma pequena esfera prateada, chamado Orb, que escaneia a íris e, a partir de sua imagem, gera um código criptografado único.

Em troca, a empresa fornece o pagamento em criptoativos, que não são liberados imediatamente e, quando trocados, não chegam a mil reais.


Especialista fala sobre os perigos de se vender a íris (Vídeo: reprodução/X/@LucGS0)

Bloqueio do projeto

No final de janeiro, mais de 400 mil brasileiros já haviam realizado esse processo inseguro e sem viés algum. A fim de proteger a população, a ANPD coibiu o programa de trocar dinheiro pelo escaneamento de íris, argumentando que a compensação financeira compromete a livre manifestação de vontade dos usuários.

Todavia, alguns dias depois, houve a suspensão da desautorização, para análise do recurso da THF. Durante a análise, a empresa prosseguiu com os pagamentos e as verificações no país.


Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife posta thread sobre por que não vender a íris (Foto: reprodução/X/@institutoiprec)

Decisão da ANPD quanto ao escaneamento da íris

Nesta terça-feira, o Conselho Diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados publicou no Diário Oficial, que o recurso que a Tools for Humanity apresentou foi negado após averiguação. Desta forma, os pagamentos e registros permanecem suspensos.

Foi negado também o pedido do World de 45 dias para inserir mudanças no aplicativo, sendo solicitado pela autarquia que estas ações ocorram imediatamente após a intimação.

Postos permanecerão abertos

Por enquanto, a World atua apenas em São Paulo, onde seus mais de 50 postos permanecerão abertos, mas seu plano é de extensão para as demais cidades brasileiras. Em nota, a empresa informou que contribuirá com a determinação, educando e informando o público sobre o propósito do projeto.

A relatora do caso e diretora da ANPD, Miriam Wimmer, disse que o valor fornecido pela empresa faz com que a escolha dos usuários seja distorcida, pois teriam a tendência de ignorar os riscos envolvidos no processo.

Meta quer superar ChatGPT e OpenAI com investimento de US$ 65 Bilhões em IA

A Meta não está economizando esforços para liderar o mercado de inteligência artificial. Mark Zuckerberg anunciou nesta sexta-feira (23), que a empresa investirá entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões ao longo de 2025 para expandir sua infraestrutura de IA, incluindo a construção de um data center tão grande, que poderia ocupar boa parte de Manhattan, enquanto o resto será destinado à compra de mais de 1,3 milhão de GPUs.

Para Zuckerberg, 2025 será “um ano decisivo” para a inteligência artificial. A Meta AI, que já atende 600 milhões de usuários por mês, terá o objetivo de alcançar 1 bilhão de pessoas no mundo todo.

Big Techs investindo pesado no futuro da IA

A Meta não é a única que quer conquistar uma fatia do mercado de inteligência artificial. A briga pelo controle nunca esteve tão acirrada, e só este mês, Microsoft, Amazon e o projeto Stargate — liderado pela OpenAI em parceria com Oracle, SoftBank e o governo americano — anunciaram investimentos bilionários. Enquanto a Microsoft se comprometeu a gastar US$ 80 bilhões no próximo ano, o Stargate prometeu impressionantes US$ 500 bilhões para expandir a infraestrutura de IA nos EUA, apoiado por Donald Trump.

E no meio disso tudo, a Nvidia continua sendo a grande vitoriosa. A empresa é a maior fornecedora de chips de IA do mundo, e já se posicionou como uma parte muito importe desse cenário, sendo responsável por equipar não só a Meta, mas também outras big techs que não estão poupando esforços para se manter na corrida tecnológica dessa década.

Promessas ambiciosas da Meta

Zuckerberg segue otimista, mas a empresa Meta ainda precisa convencer o público, que já se acostumou a usar outros modelos de inteligência artificial, a usar suas inovações. Transformar o assistente de IA da empresa em líder global até 2025 é uma meta ambiciosa, mas muito possível, considerando que a marca já alcançou cerca de 43% da população mundial com seus aplicativos até agora.


Mark Zuckerberg, CEO da Meta, na posse de Donald Trump em janeiro de 2025 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)

O CEO também afirmou que o Llama 4 será o modelo de IA mais avançado do mercado, o que pode soar precipitado, já que a competição está aumentando, e os avanços tecnológicos estão acontecendo em saltos exponenciais, tornando qualquer previsão uma aposta bastante arriscada.


Robô aprende a dançar valsa e surpreende em experimento inovador

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, criaram o ExBody2, uma tecnologia de inteligência artificial (IA) revolucionária que ensina robôs humanoides a realizar movimentos humanos, podendo não apenas andar e se agachar, como até dançar salsa com parceiros humanas de uma maneira incrível e fluída.

O robô aprende usando dados humanos

O segredo por trás do robô humanoide, ExBody2, está no chamado “aprendizado por reforço”, que é basicamente ensinar a máquina a imitar movimentos humanos com o máximo de fidelidade possível por meio de tentativa e erro.

Para isso, os cientistas criaram um banco de dados gigante com gravações de movimentos capturados por centenas de voluntários.

Esse material serviu como referência para o robô aprender desde ações mais básicas, como caminhar e agachar, até tarefas complexas, como golpes de luta e passos de dança.

O treinamento foi dividido em duas etapas: primeiro, a IA teve acesso ilimitado aos dados para dominar tudo com máxima fidelidade. Depois, usou informações que um robô real teria no dia a dia, como velocidade e medições de inércia, e mesmo assim conseguiu resultados incríveis.


O robô humanoide chegou a dançar valsa com um humano (Vídeo: reprodução/YouTube/Xuxin Cheng)

Potencial para o futuro

Quando testado em dois robôs comerciais, o ExBody2 mostrou que não só sabia dançar, mas também fazia tudo de uma forma bastante estável, sem tropeços, além de conseguirem realizar rodopios e golpes rápidos.

Os pesquisadores comemoraram a tecnologia como um marco pra robótica. “Agora, robôs podem se mover de forma expressiva, imitando humanos de um jeito muito próximo do real”, escreveram no estudo publicado no arXiv.

A ideia é usar isso pra muito mais utilidades no futuro. Essa inovação pode impactar desde o entretenimento com shows e eventos até áreas como saúde, assistência e robótica social. E aí, já imaginou um robô dançando contigo num futuro próximo?

Brad Pitt falso leva mais de R$ 5 milhões de socialite francesa, em golpe romântico

Imagina acreditar que está vivendo um romance digno de Hollywood com Brad Pitt, divorciar-se do seu marido milionário e, no final, descobrir que tudo era um golpe? Foi exatamente o que aconteceu com Anne, uma decoradora de interiores francesa de 53 anos, que caiu em um esquema criminoso, que misturava inteligência artificial e perfis falsos, gerando um prejuízo de mais de R$ 5 milhões.

O golpe do falso Brad Pitt começou nas redes sociais

Tudo começou em 2023, quando Anne recebeu uma mensagem no Facebook de um perfil que fingia ser a mãe de Brad Pitt. Pouco tempo depois, o “próprio” Brad entrou em contato, iniciando um relacionamento virtual. O golpista usava fotos manipuladas do ator criadas com inteligência artificial e mensagens repletas de declarações românticas.

O criminoso foi ainda mais longe e criou uma história trágica para arrancar dinheiro da socialite, disse que estava em tratamento contra um câncer, e que não podia pagar o tratamento, porque suas contas bancárias estavam bloqueadas, devido ao divórcio com Angelina Jolie, chegando a falsificar imagens de Brad Pitt em um hospital, usando inteligência artificial.


Imagens de Brad Pitt criadas com Inteligência Artificial e enviadas para Anne (Foto: reprodução/AdoroCinema)

Anne, que já enfrentava problemas pessoais, enviou cerca de 830 mil euros (mais de R$ 5 milhões) ao falso Brad, ao longo do “relacionamento”. Ele também dizia que estava enviando presentes para Anne, mas que ela precisava pagar taxas de alfândega, algo em torno de 9 mil euros. O esquema só começou a desmoronar quando ela viu notícias sobre o verdadeiro Pitt com sua namorada, Ines de Ramon, e percebeu que tinha sido enganada, e então decidiu procurar a polícia.

O fim do esquema e a realidade de Anne desmoronando

A história de Anne ganhou ainda mais repercussão quando ela decidiu compartilhar sua experiência em um programa da TV francesa. No entanto, o que deveria ser um momento de conscientização, acabou se transformando em um pesadelo ainda maior, já que após a exibição do programa, a socialite foi alvo de uma enxurrada de mensagens de assédio e comentários vexatórios nas redes sociais, em que muitas pessoas ridicularizaram sua situação.


Brad Pitt e sua atual namorada, Ines de Ramon (Foto: reprodução/Kym Illman/Getty Images Embed)


A reação foi tão intensa que a emissora decidiu retirar a entrevista do ar para proteger a vítima. O apresentador do programa, Harry Roselmack, declarou publicamente que a decisão foi tomada para evitar mais danos à saúde mental de Anne, que já enfrentava problemas de saúde mental.

Atualmente, Anne está internada em uma clínica psiquiátrica para tratar uma depressão grave, enquanto a polícia francesa ainda investiga o caso.

ChatGPT no telefone: novidade promete acessibilidade para quem não tem internet

Se você é um dos entusiastas que adora ficar conversando com as inteligências artificiais, como Gemini, Alexa e Siri, temos novidades. A OpenAI anunciou na última quarta-feira (21/12), um recurso que permite aos usuários dos Estados Unidos ligarem para o ChatGPT por telefone. O serviço é acessado pelo número 1-800-CHATGPT, e oferece até 15 minutos de conversa gratuita por mês, sendo uma alternativa para quem não tem acesso a uma internet rápida, tornando a inteligência artificial mais acessível.

Chat GPT no telefone: como funciona o recurso

Com o número 1-800-CHATGPT, os usuários dos EUA podem conversar com o ChatGPT usando um telefone normal, sem precisar baixar aplicativos ou se cadastrar, tornando-o simples e prático. A novidade é parte da campanha “12 Dias de OpenAI” ou “Shipmas” e foi desenvolvida em poucas semanas, segundo a empresa.

Além disso, o recurso está disponível globalmente pelo WhatsApp pelo número 1-800-242-8478, com uma versão melhorada do GPT-4o mini, que processa as interações em tempo real. Mesmo com essas vantagens, a versão ainda não oferece o mesmo grau de personalização e profundidade como a versão Web, porém é mais acessível.


Open Ai mostrou como o serviço funciona em sua rede social (Vídeo: reprodução/Instagram/@openai)


Privacidade e limitações do ChatGPT no telefone

Antes de começar a usar, os usuários precisam aceitar os Termos de Uso e a política de privacidade da OpenAI. A empresa afirmou que as chamadas feitas não serão usadas para treinar seus modelos de inteligência artificial, mas alertou que os dados podem ser revisados por motivos de segurança, se for necessário. O que ajuda a evitar casos preocupantes, como o do garoto que se suicidou após se apaixonar por uma I.A.

O serviço tem um limite de 15 minutos gratuitos por mês, sendo mais voltado para quem quer experimentar a IA pela primeira vez ou prefere um canal de comunicação mais acessível. Para usar as funcionalidades completas a OpenAI recomenda o uso do aplicativo ou da versão web.

Concorrência acirrada no mercado de IA’s

O anúncio chega em meio a um mercado extremamente competitivo, onde empresas como a Google, Meta e xAI de Elon Musk estão apresentando diversas inovações nessa corrida pela melhor inteligência artificial, desafiando o reinado da OpenAI e seu Chat GPT.

Essa novidade é mais um passo na missão da OpenAI de expandir e tornar sua inteligência artificial mais acessível, utilizando plataformas como o WhatsApp, que alcançam públicos em mercados onde aplicativos de mensagens são dominantes, como América Latina e Índia.