Menos é mais. Na contramão dos excessos de produtos e etapas nas rotinas de cuidados com a pele, surge o skin cycling. Método simples, idealizado por uma dermatologista americana, que ganhou destaque no mundo do skincare.
A dermatologista Whitney Bowe idealizou o método que propõe alternar produtos ao longo da semana, organizando a rotina noturna em ciclos de quatro noites. Com dias dedicados a tratamento intensivo, seguidos por momentos de recuperação da pele.
Segundo Bowe, o uso de diversos ativos potentes, sem saber se eles podem ser combinados, acaba causando irritações e reduzindo a eficiência dos tratamentos. Como solução, o skin cycling surgiu, oferecendo uma abordagem organizada e respeitosa com a pele.
Cintia Braghiroli, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica como funciona o revezamento e o motivo da popularidade do método.
Um dos grandes benefícios é a redução do risco de sensibilização e irritação — algo comum quando se usa ácidos ou retinoides em excesso ou sem preparo. Ao alternar os dias de tratamento e descanso, é possível obter resultados consistentes e duradouros, com menos agressão à barreira cutânea”, explica a especialista.
Essa rotina é específica para a noite, por possuir ativos que não são recomendados para exposição à luz do dia.
Como funciona o skin cycling?
Como citado anteriormente, a rotina é dividida em ciclos de quatro noites, com foco em tratar e regenerar a pele:
- Noite 1 – Esfoliação química: Um ácido, como glicólico, lático ou salicílico, é usado para remover células mortas e preparar a pele para os próximos passos.
- Noite 2 – Retinoide: Entra em cena o retinol ou adapaleno, que estimula a renovação celular e a produção de colágeno.
- Noites 3 e 4 – Recuperação: Nessas noites, o foco está na hidratação e no fortalecimento da barreira cutânea, com ingredientes como ácido hialurônico, ceramidas, niacinamida e glicerina.
Quem pode adotar o método?
O skin cycling é indicado para todos os tipos de pele, segundo Braghiroli, com atenção especial às peles sensíveis. A médica orienta que peles sensíveis, que sofrem com rosácea ou dermatites, ou passaram por procedimentos como lasers, devem evitar esfoliantes e retinoides até que a pele esteja saudável.
Ela também alerta para o conhecimento dos ácidos que melhor servem sua pele, personalizando os ativos. Há a necessidade de se atentar à concentração dos produtos — algumas fórmulas podem ser mais fortes que outras.
No caso de dúvidas, a melhor opção é procurar um dermatologista para avaliar a pele e orientar sobre os cosméticos mais adequados.
