CNU 2025 define datas para provas do ENEM e de concursos

A Confederação Nacional das Universidades (CNU) divulgou o cronograma oficial para as provas do ENEM e dos concursos públicos em 2025. As datas definidas têm papel crucial para milhares de estudantes e candidatos em todo o país, que agora podem se programar com antecedência para cumprir prazos, inscrições e preparação para os exames. O anúncio reforça a seriedade e previsibilidade do processo seletivo nacional.

Cronograma divulgado e prazos principais

Segundo a publicação, as provas do ENEM para estudantes e para concursos públicos seguirão calendário estabelecido pela CNU. Embora o texto não detalhe todas as etapas, as datas marcadas já servem como referência segura para os envolvidos. É esperado que os editais dos concursos sigam esse calendário, harmonizando as datas com o exame nacional. O cronograma divulgado entrega previsibilidade para instituições de ensino e órgãos públicos.



Os candidatos e gestores devem estar atentos aos prazos de inscrição, liberação de locais de prova e períodos de recurso. A CNU confirmou que os exames do ENEM serão base para seleções importantes neste ano e para além, alinhando-se às exigências de concursos que utilizam sua nota como critério de seleção.

Impactos para estudantes, candidatos e instituições

Com o calendário definido, os estudantes que ainda precisam organizar seu estudo ganham segurança para montar cronogramas de revisão e simulados. Para quem concorre a cargos públicos, o alinhamento entre ENEM e concursos facilita a logística de preparação e evita sobreposição de datas. As universidades e instituições organizadoras dos certames também se beneficiam com uma agenda clara para planejamento de recursos, impressão de provas e estrutura logística.

A medida representa um avanço organizacional e de transparência para o sistema de seleção nacional. Organizar com antecedência os principais exames do país diminui incertezas e pressões de última hora. Cabe agora aos candidatos observarem os editais à medida que forem publicados para confirmar locais, horários e demais exigências específicas.

Talibã veta livros de mulheres e autores iranianos

O Talibã anunciou novas medidas que aprofundam o controle sobre a educação no Afeganistão. O regime determinou a proibição de livros escritos por mulheres e de obras de autores iranianos em universidades, além de retirar 18 disciplinas inteiras dos currículos acadêmicos. A decisão foi justificada sob a alegação de alinhar o ensino às interpretações religiosas defendidas pelas autoridades.

Livros e autores vetados

A ordem impede que obras de mulheres sejam lidas, independentemente do tema tratado, reforçando uma política de invisibilidade das vozes femininas no espaço acadêmico. Além disso, os livros produzidos por autores iranianos também foram banidos, sob o argumento de que suas ideias não correspondem ao modelo cultural e religioso estabelecido pelo governo.

Essa medida do Talibã elimina uma parte significativa da produção literária disponível nas bibliotecas universitárias, restringindo o contato dos estudantes com diferentes perspectivas e referências intelectuais.


O Talibã segue doutrinando leis e regras no Afeganistão (Foto: reprodução/QUDRATULLAH RAZWAN/EFE/EPA)

Disciplinas retiradas dos currículos

Outro ponto central da decisão foi o veto a 18 disciplinas que antes faziam parte das universidades do país. Segundo informações divulgadas, seis dessas matérias estavam ligadas diretamente a temas relacionados às mulheres. O corte não apenas reduz o leque de opções acadêmicas, mas também suprime debates sobre direitos e questões sociais que poderiam fortalecer a participação feminina na sociedade afegã.

A exclusão desses cursos não representa apenas um ajuste curricular, mas sim um esforço deliberado para consolidar um modelo de ensino rígido, homogêneo e completamente subordinado às diretrizes ideológicas do Talibã. Ao restringir o acesso a disciplinas que incentivam questionamentos, diversidade de pensamento e reflexão crítica, o regime busca impor uma narrativa única, onde apenas suas visões religiosas e políticas têm espaço.

Essa postura vai muito além de uma simples mudança administrativa: ela transforma a universidade em um ambiente controlado, no qual os estudantes deixam de ser estimulados a desenvolver autonomia intelectual e passam a ser moldados para reproduzir uma visão de mundo específica. Nesse processo, a instituição perde seu papel essencial de promover pluralidade, diálogo e produção de conhecimento diverso, tornando-se um instrumento de reforço do poder do regime.

As novas proibições, somadas às restrições já impostas desde que o Talibã retomou o poder, demonstram um movimento contínuo de cerceamento das liberdades no campo da educação. O impacto atinge tanto homens quanto mulheres, mas afeta de maneira mais severa a possibilidade de inserção e reconhecimento das mulheres no meio acadêmico e profissional.

Inscrições para SISU 2025 começam nesta sexta-feira

O Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (13), que a abertura das inscrições para o SISU (Sistema de Seleção Unificada), será no próximo dia 17. Gerido pelo Ministério da Educação (MEC), o sistema utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para selecionar estudantes para instituições públicas de ensino superior. O resultado da chamada regular será divulgado em 26 de janeiro, com matrículas previstas para o período de 27 a 31 de janeiro. Aqueles que não forem aprovados poderão participar da lista de espera, que estará aberta no mesmo período das matrículas.

Como funciona a inscrição

A inscrição é gratuita e deve ser realizada exclusivamente online, por meio do portal oficial do SISU. Para acessar o sistema, o candidato deve usar as informações de login do Gov.br, plataforma digital do governo federal. As notas do Enem 2024 são automaticamente recuperadas pelo sistema.


Qualquer candidato que não tenha zerado a redação do Enem 2024 pode disputar o SISU (Foto: reprodução/ X/ @camarotedacpi)

Ao se inscrever, o candidato responde a um questionário socioeconômico, necessário para verificar a elegibilidade à Lei de Cotas. Além disso, pode escolher até duas opções de curso, que podem ser alteradas durante o período de inscrições. O sistema considera a última alteração como válida.

Requisitos e lista de espera

Podem participar do SISU 2025, os estudantes que realizaram o Enem 2024, obtiveram nota maior que zero na redação e não declararam participação como treineiros.

No sistema, o candidato poderá escolher duas opções de cursos. Caso não seja aprovado na primeira opção, poderá concorrer à segunda. Aqueles que não forem selecionados em nenhuma das duas opções indicadas ainda terão a oportunidade de disputar uma vaga por meio da lista de espera.

O SISU é uma das principais portas de entrada para o ensino superior público no Brasil, proporcionando acesso a milhares de vagas em instituições de todo o país, desde que a instituição almejada utilize o SISU como meio de ingresso.

O SISU entrou em vigor em 2010, com o objetivo de unificar a seleção de alunos nas instituições públicas de ensino superior de todo o país.

Estrangeiros enfrentam dificuldades para cursar ensino superior no Reino Unido

O Reino Unido, que saiu oficialmente da União Europeia em 2020, sofre com inflação, o que aumentou os valores para estudantes de outros países manterem seus estudos, sendo necessário gastar em torno de R$ 268 mil reais por ano.

Ensino de qualidade

O Reino Unido é conhecido por sua excelência em relação à qualidade do ensino. Além de ser o segundo país que mais venceu o Prêmio Nobel, ele tem quatro das dez melhores universidades do mundo, conforme o ranking QS World. 

Isso faz com que ele seja um destino acadêmico atraente para estudantes de todo o globo. No entanto, as restrições governamentais ao primeiro-ministro Rishi Sunakvem e a alta inflação estão dificultando o alcance desses objetivos.

Alterações feitas

O visto de estudante sofreu mudanças significativas que dificultaram a permanência e o trabalho de estrangeiros e seus familiares. Após concluir os estudos, é possível continuar no país por até dois anos, mas sem o direito de pedir o mesmo para parentes ou dependentes. 

A diferença nos valores pagos por britânicos e estrangeiros é outro empecilho. Os nativos pagam no máximo aproximadamente R$ 63,5 mil anuais em taxas devido ao teto estabelecido pelo governo, já os alunos estrangeiros podem enfrentar custos de até R$ 268 mil por ano, além de despesas com moradia, alimentação e transporte. 

As políticas de imigração também foram alvo de mudanças. Desde janeiro deste ano, o governo britânico ajustou o valor do visto padrão, que pode chegar ao equivalente a 7 mil reais. A justificativa é a tentativa de impedir que estudantes usem o visto de estudante para conseguir trabalhar de forma legal no país.

Consequências

A plataforma Enroly é usada como meio de candidatura às universidades britânicas e teve uma queda 57% no número de matrículas até maio de 2024, com uma diminuição de 6% nos vistos de estudante concedidos até março de 2024.


Oxford, renomada universidade britânica (Foto/Reprodução: Laurentiu Robu/Pexels)

Toda essa situação gerou dúvidas em relação à educação e ao trabalho, especialmente para jovens abaixo de 25 anos. 

O cenário atual desestimula novos candidatos, o que indica uma diminuição no interesse de alunos estrangeiros pelo Reino Unido como destino acadêmico.